Pelo menos duas pessoas morreram neste domingo em um incêndio num campo de migrantes superpovoado de Moria, na ilha grega de Lesbos, antes da ocorrência de distúrbios devido à revolta entre os refugiados.
Um correspondente da AFP observou dois corpos, um que foi levado para a sede da ONG Médicos sem Fronteiras e outro em torno do qual um grupo de pessoas choravam.
A agência de notícias grega ANA, que citou fontes policiais, também deu conta de dois mortos - uma mulher e uma criança. A mulher foi transferida para o hospital de Lesbos e a criança foi entregue a autoridades pelos migrantes.
O incêndio no campo de migrantes, o maior da Europa, foi controlado por um avião-tanque. A polícia usou gás lacrimogêneo para tentar controlar a multidão de refugiados, revoltados com as autoridades pela demora do socorro, informaram os agentes. Pouco depois das 23h locais, o campo havia voltado à normalidade, segundo fontes da polícia.
De acordo com um comunicado policial, os distúrbios começaram depois que se iniciaram os dois incêndios, o primeiro fora do campo e o segundo, dentro, em um intervalo de 20 minutos. Segundo testemunhas, o fogo começou em um pequeno comércio no interior do campo.
O campo de Moria, em que os migrantes costumam ficar abrigados em contêineres de transporte que fazem as vezes de abrigo, reúne cerca de 13 mil pessoas, apesar de ter capacidade para 3 mil.
A Grécia abriga atualmente cerca de 70 mil migrantes, principalmente refugiados sírios que fugiram de seu país em 2015 e se submeteram à arriscada travessia desde a costa turca.
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