As feministas argentinas solicitaram nesta quinta-feira (17), o apoio de suas contrapartes brasileiras para que pressionem pela continuidade de um processo contra o ator argentino Juan Darthés, acusado pelo Ministério Público da Nicarágua de estuprar sua colega Thelma Fardín em Manágua, quando era menor de idade.
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Acusado
O MP nicaraguense acusou Darthés na quarta-feira (16), de estupro e o juiz deve resolver um pedido de prisão nas próximas horas. Darthés, nascido no Brasil, morava em Buenos Aires com sua família, mas se estabeleceu em São Paulo logo depois que Fardín apresentou uma queixa na Nicarágua em dezembro passado.
"Como a Nicarágua e o Brasil não têm um tratado de extradição, certamente se o juiz ordenar sua captura internacional, o processo continuará no Brasil", disse a advogada Sabrina Cartabia em uma entrevista coletiva com Fardín, atualmente com 26 anos.
Solidariedade
A advogada também pediu a solidariedade das organizações feministas brasileiras. "Temos que nos organizar, essa denúncia é feita com zero recursos, tudo é voluntário, precisamos de apoio no Brasil, não podemos contratar apoio jurídico no país", explicou.
Os eventos ocorreram em maio de 2009, quando Darthés, então com 45 anos, estava em turnê internacional com Fardín, que tinha 16 anos, como parte do elenco da série "Patinho Feio", composta por vários adolescentes.
História
Darthés cujo o seu nome verdadeiro é Juan Dabul, desenvolveu toda a sua carreira artística na Argentina, onde alcançou a fama como ator e cantor. Além disso, ele foi foi um dos protagonistas do programa musical de televisão diário que teve grande sucesso na Argentina e que depois foi transmitido pelo Disney Channel na América Latina, na Europa e no Oriente Médio. Mas, segundo a denúncia, apoiada pela procuradoria, Darthés a estuprou no hotel onde o elenco estava hospedado em Manágua.