A ONU apontou nessa segunda-feira sua preocupação pela sobrevivência dos haitianos mais vulneráveis, enquanto a situação de insegurança impede a livre circulação no país, imerso em uma crise social e política com manifestações para pedir a renúncia do presidente.
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"Os centros de saúde já não podem ser abastecidos adequadamente, pondo em risco a vida de muitas crianças, mulheres e homens", detalha um comunicado de imprensa do Coordenador Humanitário das Nações Unidas no Haiti divulgado nesta segunda-feira.
"Dezenove mil crianças que sofrem de desnutrição precisam de atenção emergencial. Milhares de pessoas não têm, ou têm muito pouco, acesso a água potável devido às dificuldades no fornecimento de combustível para as estações de bombeamento", acrescenta o texto.
Escassez no Haiti
No final de agosto, os protestos populares contra o presidente Jovenel Moise, desafiado pela oposição desde a sua eleição em fevereiro de 2017, se acentuaram depois de uma longa escassez nacional de combustível. Militantes de partidos políticos, integrantes de organizações da sociedade civil que lutam contra a corrupção, assim como setores universitários e religiosos também se uniram ao movimento de protestos, exigindo a renúncia do chefe de Estado, após sua inação diante do bloqueio total de atividades.