O Facebook voltou a ser alvo de críticas nesta terça-feira (29) por sua inação sobre o discurso político nessa plataforma, enquanto um grupo de funcionários da empresa e parlamentares americanos pedem para a rede social revisar para evitar a difusão de informações falsas ou enganosas. Em uma carta, funcionários da rede social pediram para a empresa combater a "desinformação cívica", e disseram que a propagação de informações falsas é uma "ameaça" para o que a companhia procura defender.
Leia Também
- Facebook lança seção de notícias para tentar retomar relações com a mídia
- Ministério investiga Facebook por violações à privacidade
- Adoção de criptografia em mensagens do Facebook gera polêmicas
- União Europeia pode obrigar Facebook a apagar publicações difamatórias
- CPI das fake news pede relatório de investigações do Facebook
- Zuckerberg diz estar pronto para batalhar e evitar fim do Facebook
"Nós nos opomos firmemente a esta política tal como está. Não protege as vozes, mas permite aos políticos demonizar nossa plataforma ao apontar às pessoas que acreditam que o conteúdo publicado por figuras políticas é confiável", diz a carta com 250 assinaturas publicada pelo jornal The New York Times.
Ao mesmo tempo, legisladores americanos que criticam o Facebook intensificaram seu pedido de revisão de sua política, que exime comentários e anúncios pagos na plataforma de verificação de fatos. "A nova política de publicidade permite que os políticos publiquem avisos de falsidade verificável na plataforma. Não acho que isso seja correto", disse o senador democrata Mark Warner, da Virgínia, que disse ter enviado uma carta ao CEO Mark Zuckerberg para que ele "reverta esta decisão".
Com a palavra, o Facebook
O Facebook não respondeu a uma consulta da AFP, mas no início deste mês disse que não é tarefa das empresas de tecnologia "censurar" os políticos.