O ex-presidente boliviano, Evo Morales, foi nomeado neste sábado (7) por seus apoiadores chefe de campanha de seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS) para as eleições de 2020, em uma assembleia celebrada em Cochabamba (centro). "Agradeço a confiança para me nomear chefe de campanha. Elegeremos um candidato unitário e venceremos novamente as eleições em primeiro turno. Obrigado por não me abandonarem, eu sempre estarei com vocês. Unidos venceremos!", escreveu Morales, que está em Cuba, em sua conta no Twitter.
Confira a publicação
Agradezco la confianza por nombrarme jefe de campaña. Elegiremos a un candidato unitario y nuevamente ganaremos las elecciones en primera vuelta. Gracias por no abandonarme, yo siempre estaré con ustedes. Juntos seguiremos haciendo historia como hasta ahora ¡Unidos venceremos! pic.twitter.com/UCypg7rxPZ
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) 7 de dezembro de 2019
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A assembleia partidária adiou a eleição da chapa que o partido vai apresentar até que se alcancem maiores condições de unidade. As eleições de 2020 serão as primeiras em 18 anos sem Morales como candidato à Presidência.
Asilado no México desde 12 de novembro, Morales fez nesta sexta-feira (06) uma viagem temporária a Cuba, informou a chancelaria mexicana. O motivo seria uma consulta médica. Especula-se que, após sua visita a Cuba, Morales se mudaria para a Argentina, onde vivem seus filhos e contaria com a proteção do governo do peronista Alberto Fernández, que assume o cargo em 10 de dezembro.
Do exterior, ele pretende comandar a estratégia de participação do MAS nas eleições bolivianas, previstas para o primeiro trimestre do ano que vem. "Estarei em breve na Bolívia para que juntos enfrentemos eleições e as vençamos como sempre fizemos", prometeu Morales aos presentes na Assembleia durante um curto telefonema.
Entre os possíveis candidatos a suceder Morales aparece o nome de Andrónico Rodríguez, um jovem líder camponês de produtores de coca. Também é citada Adriana Salvatierra, ex-presidente do Senado. Completam a lista Luis Arce, ex-ministro da Economia, que na sexta-feira viajou para o exílio no México; o ex-chanceler David Choquehuanca e o ex-ministro da Justiça, Héctor Arce.
Morales renunciou em 10 de novembro, depois que uma missão da OEA detectou irregularidades nas eleições de 20 de outubro e após perder o apoio das Forças Armadas.