O governo de Nicolás Maduro acusou neste domingo o chefe de assuntos exteriores da União Europeia, Josep Borrell, e a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michele Bachelet, de se "intrometerem" em assuntos internos e apoiar "atores violentos" na Venezuela.
"A postura deles representam uma convocação a que não se respeite as leis e normas do ordenamento jurídico venezuelano, além de se traduzir em apoios subterrâneos aos atores políticos violentos", disse a chancelaria Venezuela, em comunicado.
Motivador para a declaração de Maduro
A declaração do governo venezuelano veio um dia depois de Borrell rechaçar a retirada de imunidade parlamentar de quatro deputados de oposição. O regime de Maduro passou, então, a processá-los por rebelião e traição à pátria. Para o chanceler da UE, os atos foram uma "grave violação" aos princípios democráticos e à constituição.
Manifestando-se contra a detenção de outro parlamentar de oposição, Bachelet pediu no Twitter que as autoridades venezuelanas respeitem o direito ao devido processo legal e se abstenham de "atos intimidatórios".
A alta comissária expressou reiteradas vezes nos últimos meses inquietude sobre a situação dos direitos humanos na Venezuela. Ela também denunciou casos de tortura e execuções extrajudiciais cometidas pela polícia. O governo Maduro condenou as declarações de Bachelet, ex-presidente do Chile, a quem acusam de "repetir mentiras". Fonte: Associated Press.