'Amar não é tempo perdido', discursou papa Francisco na Noite de Natal

Tradicional mensagem de bênção foi passada aos fiéis na na Praça São Pedro de Roma, no Vaticano

JC Online com agências
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Publicado em 25/12/2019 às 11:36
Foto: Alberto PIZZOLI / AFP
Tradicional mensagem de bênção foi passada aos fiéis na na Praça São Pedro de Roma, no Vaticano - FOTO: Foto: Alberto PIZZOLI / AFP
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Na homilia da Noite de Natal, o papa Francisco pediu, nesta quarta-feira (25), coragem aos fiéis para “não perder a esperança, não pensar que amar seja tempo perdido”, durante sua tradicional mensagem de bênção "Urbi et orbi", realizada duas vezes por ano, durante a Semana Santa e o Natal, na Praça São Pedro de Roma, no Vaticano.

Ele ainda pediu por "esperança para todo o continente americano, onde várias nações estão passando por um período de agitação social e política". E lançou palavras específicas para a Venezuela, pedindo que "o pequeno Menino de Belém anime o amado povo venezuelano" e que ele possa receber "a ajuda de que precisa". E exortou a comunidade internacional a "garantir a segurança no Oriente Médio, particularmente na Síria".

Ao falar das várias zonas do planeta que atravessam conflitos, o papa pediu que "o Senhor Jesus seja luz para a Terra Santa, onde Ele nasceu, Salvador do homem, e onde continua a expectativa de tantos que, apesar de cansados mas sem perder o ânimo, aguardam dias de paz, segurança e prosperidade".

Francisco também elogiou "os esforços daqueles que se empenham em favorecer a justiça e a reconciliação e trabalham para superar as várias crises e as inúmeras formas de pobreza que ofendem a dignidade de cada pessoa".

Que Cristo "inspire os governantes e a comunidade internacional a encontrar soluções que garantam a segurança e a coexistência pacífica dos que estão na região e ponha fim aos sofrimentos", disse o papa. "Que Cristo seja a luz para tantas crianças que sofrem a guerra e os conflitos no Oriente Médio e em vários países do mundo", desejou.

Conflitos

O argentino Jorge Bergoglio também pediu uma solução para a crise política no Líbano, um país de "coexistência harmoniosa" e denunciou a ação de "grupos extremistas no continente africano", particularmente em Burkina Faso, Mali, Níger e Nigéria.

Ao falar das várias zonas do planeta que atravessam conflitos, o papa pediu que "o Senhor Jesus seja luz para a Terra Santa, onde Ele nasceu, Salvador do homem, e onde continua a expectativa de tantos que, apesar de cansados mas sem perder o ânimo, aguardam dias de paz, segurança e prosperidade".

"Seja consolação para o Iraque, atravessado por tensões sociais, e para o Iêmen, provado por uma grave crise humanitária", apontou.

E se referiu à Ucrânia, "que aspira a soluções concretas para alcançar uma paz duradoura".

Francisco, que fez do apoio aos migrantes uma das prioridades de seu pontificado, não ignorou em sua mensagem "Urbi et Orbi" as críticas aos "muros da indiferença" enfrentados pelos migrantes.

"Na esperança de uma vida segura", eles acabam sofrendo "abusos inomináveis, escravidão de todos os tipos e tortura em campos de detenção desumanos", disse.

'Vamos começar primeiro'

Durante sua tradicional homilia de Natal, na noite de terça-feira, o pontífice enfatizou a importância do amor "incondicional" e "livre" diante da lógica do mercado.

"Não esperemos que nosso vizinho se torne bom para fazer o bem a ela, que a Igreja seja perfeita para amá-la, que outros nos considerem para servirmos. Vamos começar primeiro", disse Jorge Bergoglio. 

Este ano, as festividades são marcadas pelo retorno à Terra Santa do que é considerado um fragmento do berço de Jesus, um presente do papa Francisco que foi recebido em Jerusalém e depois transferido no final de novembro para Belém, depois de 1.300 anos na Europa.

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