atualizada às 11h10 do dia 03 de janeiro de 2020
Ao menos oito pessoas morreram na noite desta quinta-feira (2), incluindo o líder da guarda revolucionária iraniana Qasem Soleimani e um líder paramilitar local, em um ataque com mísseis contra o Aeroporto de Bagdá, três dias após manifestantes pró-Irã tentarem invadir a embaixada americana na capital do Iraque, informaram os serviços de segurança.
"Três mísseis atingiram o Aeroporto Internacional de Bagdá próximo ao terminal de carga, e dois explodiram", matando ao menos oito pessoas, revelaram os funcionários, que pediram para não ser identificados.
Leia mais:
''Deus, nós confiamos em você''. O que diz o Twitter no Irã e Iraque após ataque de Trump
Ataque de Trump ao Irã vai impactar no preço do combustível, afirma Bolsonaro
Iranianos protestam na capital do Irã contra os "crimes" dos Estados Unidos
Premier de Israel, Netanyahu diz que Trump tem direito de ter feito ataque contra Irã
Leia Também
As vítimas estavam em um comboio das Forças de Mobilização Popular (Hashd al Shaabi), uma coalizão de paramilitares majoritariamente pró-Irã e atualmente integrada ao Estado iraquiano, segundo os mesmos funcionários.
Entre os mortos estão Abu Mehdi al-Muhandis, número dois da Hashd al Shaabi, e o general iraniano Qasem Soleimani, informou a TV estatal iraquiana, citando o porta-voz das Forças de Mobilização Popular, Ahmed al-Assadi.
As mortes foram confirmadas por diversas fontes dos serviços de segurança iraquianos.
Segundo a Hashd al Shaabi, Al-Muhandis e Soleimani foram mortos "em um bombardeio americano".
Iraque tem sido palco de espiral de tensão
O Iraque tem sido palco, nas últimas semanas, de uma espiral de tensão que ameaça transformar o país em um campo de batalha entre forças apoiadas por Estados Unidos e Irã.
Desde o final de outubro, militares e diplomatas americanos foram alvo de ataques, e na semana passada um funcionário dos EUA morreu em um bombardeio com foguetes.
Washington, que acusa as Forças de Mobilização Popular de estar por trás do ataque à sua embaixada em Bagdá, na terça, havia atacado no domingo posições do grupo na zona de fronteira com a Síria, matando 25 combatentes.