Dois executivos da Arxo Industrial do Brasil permaneceram em silêncio em seu depoimento nesta manhã à CPI da Petrobras. Gilson Pereira e João Gualberto Pereira apresentaram habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que lhes garantiam o direito a ficar calado.
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"Por orientação dos advogados irei permanecer em silêncio", declarou Gilson Pereira, o primeiro a ser ouvido. A mesma frase foi repetida por João Gualberto. Outro executivo da Arxo, Sérgio Maçaneiro, também deve ficar em silêncio, já que possui o mesmo habeas corpus.
A Arxo foi alvo da Operação My Way, uma das fases da Lava Jato. Uma ex-funcionária da área financeira da empresa afirmou ao Ministério Público Federal que constatou saques em espécie de até R$ 7 milhões para pagamentos suspeitos que perduraram na Petrobras Distribuidora S/A (BR Distribuidora) mesmo depois da descoberta da existência de cartel de empreiteiras e pagamentos de propinas a políticos na estatal petrolífera. A BR Distribuidora é subsidiária da Petrobras, responsável pela rede de postos de venda de derivados.
A empresa, com sede em Santa Catarina, fornece tanques aéreos e subterrâneos e caminhões-tanque para a BR Distribuidora. A ex-gerente financeira disse ter presenciado pagamentos de propina de 5% a 10% e registrou boa parte das movimentações suspeitas. A ex-funcionária apontou Mário Goes como operador da propina.
A CPI ouve ainda hoje Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil. A executiva veio depor à comissão sem liminar do STF. A CPI deve votar ainda nesta quinta requerimentos ainda pendentes de apreciação, entre eles a convocação de José Dirceu. Outros sete requerimentos para convocar presos da Lava Jato também serão submetidos ao plenário na sessão.