O parlamento paquistanês autorizou nesta terça-feira aos tribunais militares a julgar os casos de suposto terrorismo depois do ataque talibã contra um colégio em 16 de dezembro, que 150 mortos, entre eles 134 crianças.
A medida foi aprovada depois que membros das duas câmaras do parlamento votaram com uma maioria de mais de dois terços uma emenda à Constituição para estabelecer estas cortes especiais. Um grupo de talibãs armados invadiu uma escola para filhos de militares no Paquistão, cometendo um massacre que levou a um combate de cinco horas.
Muitos alunos foram executados com tiros na cabeça. Segundo testemunhas, uma forte explosão sacudiu a escola pública. Depois disso, os terroristas - que usavam uniformes militares -, percorreram sala por sala atirando nos estudantes.
O ataque, reivindicado imediatamente pelo Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP, nas siglas em inglês), principal grupo extremista islâmico do país, foi o pior da história do Paquistão e é muito significativo porque teve como vítimas os filhos de integrantes das forças de ordem.
O recorde anterior de vítimas remontava a dezembro de 2007, quando 139 pessoas morreram em um atentado em Karachi, entre elas a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, que acabava de voltar ao Paquistão.