A Polícia Civil de Adamantina (a 594 km de SP) identificou sete suspeitos de provocar queimaduras em calouros da FAI (Faculdades Adamantinenses Integradas) com um líquido ácido durante trote realizado em frente ao campus da instituição, na última segunda-feira (2).
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Os suspeitos são alunos veteranos da faculdade, de acordo com a delegada da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) da cidade, Patrícia Tranque Vasques. A investigação está sendo conduzida pela DDM e pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Adamantina.
Segundo Vasques, o número de envolvidos no caso pode ser ainda maior. "Estamos iniciando o levantamento dos endereços para que os suspeitos sejam chamados para depor, mas ainda estamos no início das investigações", disse.
Além de Nathália de Souza Santos, 17, caloura do curso de pedagogia que teve as pernas queimadas, e de um jovem de 18 anos, que é calouro de engenharia ambiental, que corre o risco de perder a visão de um dos olhos, outras duas pessoas foram atingidas por um líquido ácido durante o trote.
Bruna Massuia Soares, 23, estava com Nathália quando sofreu queimaduras leves nas pernas. A quarta vítima é uma caloura do curso de ciências biológicas que não teve nome nem idade divulgados.
EXPULSÃO
Em entrevista à imprensa na manhã desta quinta (5), o diretor-geral da instituição, Márcio Cardim, classificou os casos como "fato isolado" e garantiu que, se for comprovado que os autores da agressão são alunos da faculdade, todos serão expulsos da instituição. A FAI abriu um canal de denúncia para que pessoas colaborem com informações sobre o caso.
Nesta tarde, a assessoria de imprensa da faculdade informou que o diretor visitou as casas das quatro vítimas para verificar a situação de cada uma e que colocou à disposição delas um profissional de saúde da faculdade para ajudar no tratamento.