O exército nigeriano declarou nesta segunda-feira que expulsou o grupo armado Boko Haram do estado de Yobe (nordeste), um dos mais atingidos pela insurgência islamita, após a reconquista da cidade de Goniri.
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"Anunciamos a retomada de Goniri hoje", disse o porta-voz do exército, Chris Olukolade, em uma mensagem postada em seu Twitter. "Este era o último reduto dos terroristas no estado de Yobe... #YobeEstLibre", escreveu ele.
Três estados do nordeste da Nigéria - Adamawa, Borno e Yobe - eram o epicentro da rebelião do grupo islâmico armado e de sua repressão, que deixaram 13.000 mortos e mais de 1,5 milhão de pessoas deslocadas em seis anos.
O estado de emergência foi declarado nos três estados em maio de 2013. O exército e milícias de cidadãos armados expulsaram os islamitas dos centros das cidades para áreas rurais e remotas. O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, tinha a intenção de renovar o estado de emergência, pela terceira vez, em novembro passado, mas o Parlamento votou contra esta medida.
Mas a violência continua e até mesmo se intensificou quando o exército não conseguiu impedir a tomada de uma dúzia de cidades e aldeias pelo Boko Haram nestes três estados.
A eleição presidencial na Nigéria foi adiada por seis semanas devido à insurreição do grupo armado. A Nigéria e seus aliados -Chade, Camarões e Níger- lançaram no final de janeiro uma vasta operação contra a Boko Haram para garantir a segurança da região nordeste antes das eleições de 28 de março.
Na semana passada, o exército indicou que os combatentes do Boko Haram foram "expulsos" do estado de Adamawa.
Em outro tuíte, Olukolade disse que "Adamawa está livre, Yobe está, Borno em breve será libertado pelo exército".
Com a libertação de Yobe, apenas algumas cidades e aldeias do estado de Borno ainda estão sob o controle do Boko Haram. Na semana passada, o governo nigeriano disse que 36 localidades dos três estados do nordeste do país haviam sido tomadas desde o início da ofensiva regional.
Em entrevista à Voz da América exibida na semana passada, o presidente Goodluck Jonathan tinha prometido que Adamawa e Yobe seriam libertados até a próxima semana, e Borno em três semanas.