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Venezuela publica carta no NY Times e nega ser ameaça para EUA

A carta rejeita a ideia de que o país é uma ameaça aos EUA e exige a revogação das sanções

Da AFP
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Publicado em 17/03/2015 às 13:07
Foto: MIGUEL ANGULO / PRESIDENCIA / AFP
A carta rejeita a ideia de que o país é uma ameaça aos EUA e exige a revogação das sanções - FOTO: Foto: MIGUEL ANGULO / PRESIDENCIA / AFP
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O governo da Venezuela publicou nesta terça-feira uma "carta ao povo dos Estados Unidos" no jornal New York Times rejeitando ser "uma ameaça" para este país e exigindo revogação das sanções recentemente impostas pelo presidente Barack Obama.

A carta, que ocupa uma página inteira do jornal americano e é assinada pelo ministério das Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela, faz parte da escalada diplomática entre os dois países.

"Carta ao povo dos Estados Unidos. A Venezuela não é uma ameaça", diz o texto, que destaca que o país sul-americano acredita na "paz, soberania nacional e direito internacional" e  é uma "sociedade aberta".

"Nunca antes na história da nossa nação, um presidente dos Estados Unidos tentou governar a Venezuela por decreto. É uma ordem tirânica e imperial", diz a carta, referindo-se a ordem de Obama do dia 9 de março, que impôs novas sanções contra sete funcionários venezuelanos acusados de violações dos direitos humanos.

Em seu decreto, Obama chamou a situação no país sul-americano de "ameaça incomum e extraordinária para a segurança nacional e política externa dos Estados Unidos."

De acordo com a carta aberta, essa "ação desproporcional" tem "implicações potencialmente de longo alcance" de interferência tanto a nível "constitucional quanto legal".

Por isso, o governo do presidente Nicolas Maduro exige que seu colega americano "cesse imediatamente as suas ações hostis e revogue" o decreto em questão.

Maduro recebeu no último sábado o apoio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), que também pediu aos Estados Unidos de revogar as sanções.

Além disso, o Parlamento venezuelano aprovou no domingo superpoderes "anti-imperialistas" a Maduro para governar por decreto, até o final de 2015 em matéria de segurança e defesa.

A tensão com os Estados Unidos até agora não afetou as vendas venezuelanas de quase um milhão de barris de petróleo.

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