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Putin promete cooperar com países ocidentais, apesar das tensões

Em entrevista concedida durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, Putin afirmou que a Rússia está "aberta ao mundo"

Da AFP
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Publicado em 20/06/2015 às 8:32
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O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira (19) aos investidores estrangeiros que a Rússia seguirá cooperando com os países ocidentais, apesar das persistentes tensões. 

Em entrevista concedida durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, Putin afirmou que a Rússia está "aberta ao mundo" e seguirá cooperando com os países ocidentais, apesar das tensões geradas pela crise ucraniana.

"Nossa cooperação ativa com os novos centros do crescimento mundial não significa, em qualquer caso, que vamos prestar menos atenção ao diálogo com nossos sócios tradicionais no Ocidente", declarou Putin. 

A Rússia tenta há um ano reforçar seus vínculos diplomáticos e comerciais com países emergentes como Brasil, China e Índia, principalmente após a deflagração da crise na Ucrânia, onde as forças de Kiev lutam contra rebeldes pró-russos no leste do país.

Em razão do conflito, os países ocidentais impuseram uma série de sanções a Moscou.

Putin foi o anfitrião do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, um dos poucos convidados de honra do fórum.

"O que chamam de problema grego não é um problema grego, é um problema europeu. O problema não se chama Grécia, o problema se chama zona do euro e sua estrutura", disse Tsipras.

Rússia e Grécia anunciaram um acordo para a construção de um gasoduto russo no território grego, entre 2016 e 2019, com a criação de uma empresa conjunta.

O gasoduto, chamado "South European", custará 2 bilhões de euros e terá capacidade de entrega de  47 bilhões de metros cúbicos de gás.

Mais cedo, em um encontro com jornalistas estrangeiros, Putin disse que a Rússia "defenderá seus interesses" diante do congelamento de ativos russos na França e na Bélgica.

"Vamos defender nossos interesses pela via judicial. Nossa posição é clara: a Rússia não reconhece a autoridade deste tribunal", acrescentou Putin, em alusão à Corte de Arbitragem de Haia, que condenou a Rússia em 2014 a pagar uma indenização de 50 bilhões de dólares (37 bilhões de euros) aos acionistas do grupo petroleiro Yukos, do oligarca e opositor do Kremlin Mikhail Jodorkovski.

Os ativos do governo russo em França e Bélgica foram congelados a pedido dos ex-acionistas do  Yukos no âmbito de um procedimento de compensação pelo questionado desmonte da empresa.

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