Os Estados Unidos disseram que "vários" cidadãos norte-americanos foram mortos nos ataques a bomba deste domingo de Páscoa no Sri Lanka. Em nota, o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que a Embaixada dos EUA em Colombo, capital do Sri Lanka, está trabalhando para ajudar cidadãos norte-americanos e suas famílias. Pompeo disse ainda que "esses ataques vis são um forte lembrete de por que os Estados Unidos permanecem comprometidos em nossa luta para derrotar o terrorismo". Segundo ele, usar como alvo "pessoas inocentes se reunindo em um local de culto ou desfrutando de uma refeição de férias são afrontas aos valores universais e liberdades que valorizamos".
O Ministério das Relações Exteriores do Sri Lanka disse que os corpos de pelo menos 27 estrangeiros foram recuperados e incluem cidadãos dos EUA, do Reino Unido, da Índia, de Portugal e da Turquia.
A polícia da cidade de Nova York implementou medidas de segurança reforçadas após os ataques no Sri Lanka. O sargento Brendan Ryan, porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York, disse que as autoridades "farão visitas periódicas a todos os locais de culto, dando atenção especial àqueles com eventos de Páscoa".
Mais de 200 pessoas foram mortas e outras centenas ficaram feridas em oito explosões que abalaram igrejas e hotéis da capital do Sri Lanka e arredores no domingo de Páscoa, no pior episódio de violência no país desde que a sangrenta guerra civil terminou há uma década.
O ministro da Defesa, Ruwan Wijewardena, descreveu os atentados como um ataque terrorista de extremistas religiosos e disse que sete suspeitos foram presos, apesar de não haver nenhuma reivindicação imediata de responsabilidade. Ele disse que a maioria das explosões teria ocorrido em ataques suicidas. Três hotéis e uma das igrejas atingidas, a de Santo Antônio, são frequentados por turistas estrangeiros.
O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, disse que teme que o massacre possa desencadear instabilidade no país e prometeu "reunir todos os poderes necessários às forças de defesa" para agir contra os responsáveis pelos ataques. O governo impôs um toque de recolher em todo o país das 18h às 6h (horário local).
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, se disse "indignado com os ataques terroristas" no Sri Lanka, conforme porta-voz, e defendeu a "santidade de todos os lugares de culto" e que os responsáveis sejam rapidamente levados à Justiça. Fonte: Associated Press.