Eleições

Marina cita Eduardo; Aécio alerta sobre 'boatos'

Marina Silva que mudou o quadro eleitoral ao entrar na disputa falou sobre a expectativa em torno de seu nome

Giovanna Torreão
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Giovanna Torreão
Publicado em 26/08/2014 às 9:27
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Os três candidatos à Presidência da República mais bem colocados nas pesquisas, Dilma Rousseff, Aécio Neves e Marina Silva adotaram táticas diferentes no horário eleitoral do rádio desta terça-feira, 26, o quarto dia desde o início da campanha. 

Candidata que mudou o quadro eleitoral ao entrar na disputa, Marina Silva falou sobre a expectativa em torno de seu nome. "Senti que tinha um País inteiro olhando para mim e aguardando para me escutar". 

A candidata do PSB usou palavras como "fé", "esperança" e "mudança" e adotou discurso parecido com o do antigo companheiro de chapa, Eduardo Campos, morto no último dia 13 de agosto. "Os brasileiros querem manter conquistas e corrigir os erros. Não querem mais ficar paralisados como estamos agora, nem querem andar para trás", disse, criticando, sem citar nomes, seus dois principais adversários, Dilma Rousseff e Aécio Neves. O programa foi encerrado com o já tradicional "não vamos desistir do Brasil".

O programa do PSDB voltou a apresentar Aécio como "o futuro presidente do Brasil". Nele, além do perfil de bom gestor de Aécio - "que arrumou Minas Gerais" segundo um jingle - o tucano teve reforçado o lado pai. O candidato disse que leva a filha em viagens de campanha para que ela conheça o Brasil.

O tucano se esforçou para combater "boatos de época de eleição", como o de que é contra o Bolsa Família. "O Bolsa Família vai continuar no nosso governo", afirmou Aécio, que alertou porém para a necessidade de melhorias no programa. "O Bolsa Família é um dinheiro que não pode faltar para ajudar famílias como a da Dona Brenda no presente. E no futuro?", questionou o mineiro. Como alternativa, apresentou um programa que implantou no governo de Minas Gerais, o Poupança Jovem.

A candidata à reeleição começou falando do Minha Casa Minha Vida e dos avanços trazidos pelo programa de habitação. Além de apresentar dados de casas já construídas, o locutor ressaltou que "Dilma já garantiu" a terceira fase do MCMV. Além do MCMV, programas como o Pronatec e o ProUni foram citados. "Não há força capaz de parar as mudanças que vão fazer o Brasil viver novo ciclo de desenvolvimento", disse a presidente.

 

Com críticas focadas em governos tucanos, e ainda sem ataques a Marina Silva, o locutor ressaltava que "antes da Dilma e do Lula", as pessoas "não tinham carro nem viajavam de avião" e "passavam mais tempo desempregadas do que empregadas". As melhorias na vida dos brasileiros nos últimos 12 anos foram o tema dominante durante o tempo que o PT teve disponível. 

Dilma disse saber que "ninguém vive de passado", mas usou o argumento de que é a mais preparada para continuar garantindo mudanças. "É importante que cada um se pergunte quem pode garantir mais avanços. Quem esta ligado ao passado ou quem criou o maior ciclo de mudanças da história do País".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou no final do programa petista. Usando um tom parecido com o de sua sucessora, Lula disse que foi o governo do PT que garantiu que "carro, viagem de avião e carne na mesa" fosse para todos. "O Brasil de hoje é muito melhor do que quando era governado por quem governava para poucos", disse Lula. 

O candidato do PSC, Pastor Everaldo, voltou a falar em isenção de imposto de renda para quem ganha menos de R$ 5 mil e sobre os problemas da Petrobras. Everaldo garantiu que não vai decepcionar seus eleitores. Seu jingle falou sobre "fé em um Brasil melhor pra gente".

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