O candidato à Presidência da República, Eduardo Jorge (PV), assinou neste sábado (30), na capital paulista, uma carta compromisso, proposta pela União de Ciclistas do Brasil (UCB), na qual se compromete a dar prioridade aos meios de transporte não motorizados e coletivos nas políticas públicas de mobilidade urbana.
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De acordo com a entidade, o documento foi proposto aos demais candidatos, e Eduardo Jorge foi o primeiro a aderir. Após o ato de assinatura na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, o candidato e um grupo de 25 pessoas seguiu pedalando em direção à Praça da Sé, no centro da cidade.
A carta é composta por 14 itens, entre os quais estão: criar uma rubrica no orçamento da União para custeio e investimentos em mobilidade ciclística e desoneração tributária da cadeia produtiva da bicicleta; estabelecer metas para aumento da participação da bicicleta na mobilidade urbana e rural e elaborar um programa educativo para a criação de uma cultura de priorização dos modos ativos de deslocamento e a humanização do trânsito. Daniel Guth, membro da UCB, acredita que os investimentos favorecem a humanização do espaço público e a democratização do acesso à cidade.
Eduardo Jorge apontou que a mobilidade está ligada à degradação do meio ambiente, aos riscos da poluição à saúde e à segurança no trânsito. “Ela está ligada a questão econômica, porque as cidades paradas significam um prejuízo econômico tremendo. Mas, mais do que isso, a mobilidade limpa, predominantemente pública, é uma forma de enfrentar a agressão à saúde do planeta com o aquecimento global e das pessoas”, disse.
O candidato propõe, como primeiro passo, a implantação de bicicletários ligados aos meios de transporte público, como estações de trem e metrô e terminais de ônibus. “Esse é um dos mais rápidos e de maior retorno. Ele integra a bicicleta com o transporte público”, explicou. Eduardo Jorge acredita que é fundamental instalar ciclovias em todas as ruas em que for possível. “Tem que ter vias segregadas para as bicicletas”, declarou.
Para além dos investimentos em infraestrutura, o presidenciável destaca a educação para uma cultura de paz no trânsito como a medida mais importante. “Mesmo que São Paulo implante mil quilômetros de ciclovia, que eu espero que ocorra, vamos ter 7 mil quilômetros sem, onde a bicicleta vai conviver com o ônibus, o carro, a moto”, exemplificou.