O governador de São Paulo e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB) minimizou na tarde deste sábado, 30, a pesquisa divulgada na sexta-feira pelo Datafolha, que apontou o candidato tucano a presidente Aécio Neves com 15% das intenções de voto, 19 pontos atrás de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), com 34%.
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"Pesquisa é retrato deste momento e a eleição é daqui a 35 dias" disse. "E 35 dias para uma eleição é um século", completou o tucano durante inauguração do comitê do deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP), em Ribeirão Preto.
Alckmin citou como exemplo para justificar a possibilidade de uma virada na campanha a presidente a derrota do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (Pros) nas eleições de 2002. "Ontem, o Paulo Pereira da Silva (SDD), que foi candidato a vice na chapa do Ciro Gomes, em 2002, falou que, nesta época, o candidato (Ciro) estava em primeiro lugar e quando abriu a urna estava em quarto lugar", citou.
O governador paulista lembrou ainda "que há um ano e meio todos achavam que a presidenta Dilma iria ganhar no primeiro turno, pois estava com 80%". Agora, Dilma corre o risco de não ser reeleita, segundo as pesquisas de intenção de voto.
Indagado se o crescimento do PSB de Marina Silva seria então passageiro, Alckmin evitou polemizar com o partido que indiciou Márcio França como seu candidato a vice-governador e resumiu: "não estou dizendo que é passageiro, acho que tem de ter humildade e trabalho".