São Paulo

Márcio França: essa será a principal eleição para o PSB no País

O dirigente disse que o partido trabalha para levar a candidata Marina Silva ao segundo turno

Karol Albuquerque
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Karol Albuquerque
Publicado em 18/09/2014 às 7:23
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Em cima do palanque, ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente estadual do PSB e companheiro de chapa do tucano, Márcio França, disse que as legendas estarão juntas em eventual segundo turno na corrida presidencial. "Tenho certeza que essa será a principal eleição para o nosso partido no Brasil", disse França durante evento em Campinas, no interior paulista. O dirigente disse que o partido trabalha para levar a candidata Marina Silva ao segundo turno e emendou: "Estaremos todos juntos no mesmo segundo turno".

Em seu discurso, França fez diversas deferências ao governador. Disse nunca ter conhecido um político com tamanha disposição para o trabalho. "É impressionante, todo dia para ele é dia útil", elogiou França. O pessebista também falou das obras em andamento, dizendo que São Paulo não pode correr o risco de eleger qualquer pessoa para governador. 

Coube a França fazer críticas a adversários do tucano na disputa estadual, sem contudo citar nomes. "Em São Paulo não dá pra brincar, se a pessoa não tem tradição, não tem história na política. As pessoas acham que vão resolver no tapa, batendo na mesa", disse França. "A gente já teve esse episódio no Brasil. Apareceu um sujeito dizendo que ia resolver tudo, ele falou que ia caçar marajás e deu no que deu", completou. O concorrente que aparece em segundo nas pesquisas eleitorais, atrás de Alckmin, é Paulo Skaf (PMDB) que disputa pela segunda vez um cargo público.

Alckmin, que discursou após França, falou sobre as conquistas recentes de São Paulo, citando obras e projetos da sua gestão à frente do Palácio dos Bandeirantes. Na saída, ao ser questionado por jornalistas, Alckmin não referendou a fala de França sobre uma possível união no segundo turno. "Nosso candidato é Aécio, estamos trabalhando por ele. Não há nenhuma razão para discutir segundo turno", disse o governador.

Alckmin não fez críticas a adversários estaduais, apenas contra o governo federal do PT de Dilma Rousseff, ao falar de segurança. "Não é possível, o Brasil ter se tornado o maior consumidor de crack e cocaína no mundo, com absoluta omissão do governo federal."

FRANÇA DECLARA APOIO A SERRA - Em seu discurso, França também declarou apoio ao candidato a senador pelo PSDB, José Serra. Disse ter respeito pelo candidato petista, Eduardo Suplicy, mas que São Paulo precisa de um senador da "estatura" do Serra. "Gosto do Suplicy, ele é um moço bacana, mas não para ser senador", afirmou o pessebista.

Tanto Suplicy como Serra já foram citados por Marina Silva como exemplos de bons nomes do PT e do PSDB, respectivamente, com os quais a candidata gostaria de trabalhar se eleita presidente.

Serra, que participava de um evento de lançamento de um livro seu em Campinas, era esperado no evento, mas não compareceu.

O evento reuniu algumas centenas de pessoas, na região central de Campinas. Um dos organizadores foi Márcio França, que disse ter tido o mesmo cuidado de sempre com eventos paulistas, de separar imagens dos rostos de Marina e de Alckmin, como pedido pela candidata, que não apoia a parceria com os tucanos no Estado. Ao longo do evento, só foi tocado o jingle de campanha de Alckmin. Havia bandeiras e materiais tanto de Marina como de Aécio, além dos materiais dos candidatos a deputados do PSB.

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