O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta quinta-feira (25) que se for eleito será o presidente da renegociação da dívida dos Estados. Em entrevista à rádio gaúcha, o tucano lembrou que foi um dos propositores para o estabelecimento de um novo indexador para essas dívidas, quando ainda era governador de Minas Gerais. E criticou a forma como o governo da presidente Dilma Rousseff tratou essa questão, considerada por ele como crucial para os entes federados equilibrarem as suas contas, destacando que o acordo foi feito, porém, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, desfez o que havia sido acordado. "Foi uma vergonha ter voltado atrás quando o governo acenou com uma solução para o problema", emendou.
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Nas críticas à atual gestão, Aécio Neves disse que depois de 12 anos do PT no poder, o País ainda não conta com um marco regulatório para um setor essencial ao desenvolvimento econômico o ferroviário. "Depois de 12 anos do governo do PT, ainda não temos um marco para as ferrovias. Eles (petistas) desprezam este marco como se isso não fosse necessário, o Brasil está ansioso por um tempo novo e eu tenho condições de vencer o PT nas urnas e colocar no lugar um governo com gente qualificada para domar a inflação e para fazer o Brasil voltar a crescer", reiterou.
Na sua avaliação, o governo Dilma Rousseff paralisou o País. "Não há autonomia, há receio das pessoas tomarem decisões dentro deste governo, queremos fazer uma gestão profissional, não aparelhada", disse, citando que às vésperas do início do processo eleitoral, Dilma trocou o ministro dos Transportes para ganhar mais alguns segundos no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV. "Tirou um ministro que ela dizia ser qualificado para colocar outro, indicado por um partido político aliado", emendou, numa referência à mudança feita pela presidente para manter o PR em seu leque de aliados neste pleito, substituindo César Borges por Paulo Sérgio Passos nessa pasta.
"Vamos despolitizar a base de apoio e as nomeações, vamos criar o ministério da Infraestrutura e o superministério da Agricultura", disse, falando de outras plataformas de sua eventual gestão: "No meu governo, terra invadida não será expropriada. Vamos também acabar com metade dos ministérios que estão aí, acabou o tempo da farra do aparelhamento da máquina pública." Apesar das críticas à gestão petista, Aécio reconheceu na entrevista que a gestão do partido adversário teve pontos positivos, como por exemplo, a manutenção dos pilares macroeconômicos da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Reconheço dois pontos positivos na gestão petista. Na economia, quando foi eleito, Lula (ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) esqueceu o que disse na campanha eleitoral e manteve os pilares macroeconômicos do governo FHC, surfamos positivamente no boom econômico mundial e o reconhecimento desses pilares foi importante. Outro aspecto positivo foi quando Lula abandonou o Fome Zero e unificou os programas sociais criados no governo do PSDB, como o Bolsa Alimentação, o Bolsa Escola e o Vale Gás, e os transformou no Bolsa Família, com melhoria na qualidade de vida das parcelas mais pobres da população", exemplificou. Mas voltou às críticas: "No meu entender, o Bolsa Família é apenas o ponto de partida, precisamos avançar.