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Presidente da SRB vê crescimento do apoio a Marina

"Esse governo vai buscar o diálogo e não vai fazer mudanças abruptas que não tenham análises, sem conversar com os setores", disse Junqueira

Karol Albuquerque
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Karol Albuquerque
Publicado em 26/09/2014 às 15:59
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"Esse governo vai buscar o diálogo e não vai fazer mudanças abruptas que não tenham análises, sem conversar com os setores", disse Junqueira - FOTO: Foto: AFP
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O presidente da Sociedade Rural Brasileira, Gustavo Diniz Junqueira, disse ter ficado "muito satisfeito" com a reunião feita com o candidato a vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, e ressaltou que o agronegócio e a campanha da ex-ministra estão "alinhados".

"Esse governo vai buscar o diálogo e não vai fazer mudanças abruptas que não tenham análises, sem conversar com os setores", disse Junqueira. "Escutei do Beto que temos que melhorar o agronegócio e acabar com essa falsa agenda negativa. Isso passa pela sustentabilidade."

Junqueira afirmou que o governo precisa enxergar o agronegócio como uma solução, sem o "falso dilema" entre produção e proteção. Ele afirmou também que discorda da visão de que o setor tem restrições à candidatura de Marina. "Muito pelo contrário. Eu vejo um crescimento do sul ao norte do País", disse.

Segundo Junqueira, não é possível manter o nível de produção no Brasil com as mesmas políticas. "É preciso fazer a infraestrutura para que a gente consiga exportar. Ideias e soluções mirabolantes não funcionam, precisamos do debate", ressaltou. 

No encontro, foram discutidas questões como Código Florestal, índice de produtividade, inovação e fortalecimento do Ministério da Agricultura. 

Albuquerque, garantiu a representantes do agronegócio que a ex-ministra ouve as partes interessadas antes de tomar decisões, "diferentemente da atual presidente". Durante reunião na Sociedade Rural Brasileira, além das questões inerentes ao setor Albuquerque também foi questionado sobre o perfil de gestão de Marina e o seu papel em um eventual governo do PSB. 

"Meu papel terá os limites que a presidente determinar, mas não serei um vice que apenas vai substituir a ausência da Marina. Vamos ajudar a governar, somos uma equipe", afirmou. O candidato reiterou que gostaria de governar com os melhores de todos os partidos e que isso não exclui o PMDB. "No PMDB nós temos vários nomes que podem nos ajudar", apontou.

Albuquerque falou ainda da proposta de fortalecer o Ministério da Agricultura e de ter "na linha de frente alguém que seja acreditado pelo setor". "A ideia é devolver a ele estatura política, fortalecimento orçamentário, importância", disse. A política externa também fez parte da discussão e foi concordado que é preciso ampliar acordos bilaterais e olhar além do Mercosul, para aumentar as exportações. "Não temos que ficar presos a poucos mercados", ressaltou o candidato.

Ele reiterou que a prioridade do PSB é retomar o crescimento do Brasil e fazer a reforma tributária. Albuquerque fez críticas à política de impostos da presidente Dilma Rousseff (PT) e afirmou que "a CPMF da Dilma é o IOF", que pesa na competitividade.

O candidato também fez reclamações dos adversários e disse que precisa responder a tantas "calúnias" que fica sem tempo para discutir propostas. Confiante de que sua chapa estará no segundo turno, ele ressaltou que o "nível" dos concorrentes "pode cair ainda mais".

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