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Em Alagoas, campanha ao governo une Dilma, Lula e Collor

Integrantes de partidos da mesma coligação, Renan Filho aparece nos materiais de campanha em fotos entre Dilma e Lula e ao lado de Collor nas caminhadas e eventos por Alagoas

Valéria Oliveira
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Valéria Oliveira
Publicado em 04/10/2014 às 10:24
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A campanha do candidato ao governo de Alagoas Renan Filho (PMDB) uniu a presidente Dilma Rousseff (PT) e dois ex-presidentes, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Collor de Mello (PTB). O filho do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lidera a disputa com 46% dos votos, segundo levantamento do Ibope divulgado ontem.

Integrantes de partidos da mesma coligação, Renan Filho aparece nos materiais de campanha em fotos entre Dilma e Lula e ao lado de Collor nas caminhadas e eventos por Alagoas. O ex-presidente, alvo do primeiro processo de impeachment da República, é senador e candidato à reeleição.

Collor tem 43% das intenções de voto, seguido pela candidata do PSOL, a atual vereadora de Maceió Heloísa Helena, com 26%.

Com mais de R$ 50 milhões declarados para a eleição, Renan Filho fez uma campanha profissional, com militância paga, estrutura logística e de marketing de disputa presidencial. “Foi algo desproporcional”, reclama o candidato do PSOL ao governo, Mário Agra, ex-marido de Heloísa.

A campanha de Renan Filho é quase uma recriação das campanhas de Dilma em 2010 e de Lula em 2006. Mescla que se revela não apenas pela qualidade das peças publicitárias, com tomadas cinematográficas, mas também o uso de jingles petistas, como o feito para chamar voto para o número 13, em forma de repente “chiclete”, agora convertido em 15, do PMDB.

Entre as promessas de Renan Filho estão construir o primeiro hospital da mulher no Estado, criar um polo tecnológico no sertão, construir um ramal de gasoduto e aumentar salários de professores. A origem dos recursos para essas propostas foi outro mote usado em forma de mantra na campanha e que explica também os motivos que levaram Lula, Dilma e Collor a estarem juntos com os Calheiros: a “bancada do PMDB”. Uma garantia ao eleitor de que tudo será realizado, com recursos, projetos e bom trânsito no governo federal e no Congresso.

Em um dos programas veiculados na última semana na TV e no rádio a campanha de Renan Filho mostrou uma animação registrando que na Câmara, dos 513 postos, 299 eram ocupados por deputados aliados do PMDB. E que no Senado, esse comando se repetia, dos 81 senadores 49 eram do mesmo grupo.

O reencontro político de Collor com Renan - aliados desde a década de 1980, quando ele foi eleito presidente da República - marca também uma mudança de postura do candidato que busca a reeleição ao Senado.

Evitando o modo severo de discursar, Collor trouxe um marqueteiro da Bahia para a campanha, que o convenceu a trocar a tradicional marca de seu nome com as letras L pintadas de verde e amarelo pelas cores do arco-íris. Um aliado próximo afirmou em reservado, que a tática, faz parte de uma nova fase em que o senador conseguiu superar os estragos causados à sua imagem pela renúncia minutos antes de sua cassação, em 1992. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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