Repercussão

Imprensa mundial destaca Dilma, mas não descarta Aécio

Jornais apontam Dilma como favorita; Aécio aparece como elemento-surpresa

Danilo Galindo
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Danilo Galindo
Publicado em 06/10/2014 às 12:59
Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
Jornais apontam Dilma como favorita; Aécio aparece como elemento-surpresa - FOTO: Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
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A imprensa internacional trouxe nesta segunda-feira, 6, reportagens sobre a liderança da presidente Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno do pleito brasileiro e a classificou como favorita, mas não descartou uma surpresa na votação do segundo turno em 26 de outubro.

O The New York Times relacionou a arrancada de Aécio Neves (PSDB) ao "desencantamento" dos eleitores com o PT, enquanto o britânico The Guardian avaliou que, mesmo com o desejo de mudança do brasileiro, Dilma foi beneficiada por seu programa de distribuição de renda - o Bolsa Família.

A publicação americana destacou que a eleição brasileira este ano é uma das mais disputadas desde que a democracia foi restabelecida no País, na década de 1980. A reportagem apontou que a disputa entre Dilma e Aécio sugere que, apesar do fortalecimento de uma terceira via com Marina Silva (PSB), a polarização entre os dois partidos pode se tornar ainda mais acentuada.

"Os dois representam ideologias rivais, com Dilma defendendo um capitalismo de Estado e Aécio defendendo que o papel do Estado na economia deve ser reduzido", disse o jornal. Segundo o NYT, apesar do humor nacional com o governo Dilma, sua campanha foi impulsionada por políticas que focaram a preservação de empregos e os benefícios sociais.

O The Guardian também avaliou que Dilma "surfou na onda" de programas como o Bolsa Família. "O programa de distribuição de renda da presidente parece ter rendido frutos, deixando-a em uma apertada liderança no pleito", disse a publicação, sem detalhar que o programa já existia antes de a petista assumir o governo.

O jornal comentou ainda o desempenho de Marina, que chegou a liderar as simulações de segundo turno, mas que nas urnas ficou em um "distante" terceiro lugar com 21,3% dos votos, "quase o mesmo resultado de quatro anos atrás". "A batalha esquerda-direita entre os dois maiores partidos é uma decepção para aqueles que esperavam a mudança por meio da ex-ministra Marina Silva", afirmou a publicação.

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