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Delgado e Albuquerque trabalham por apoio a Aécio

O deputado reforçou também que uma posição de neutralidade não seria positiva para a construção feita por eles até aqui

Karol Albuquerque
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Karol Albuquerque
Publicado em 07/10/2014 às 14:20
Foto: Vagner Ramos/ MSILVA Online
O deputado reforçou também que uma posição de neutralidade não seria positiva para a construção feita por eles até aqui - FOTO: Foto: Vagner Ramos/ MSILVA Online
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O deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), que foi vice na chapa de Marina Silva à Presidência, disse nesta terça-feira (7) que existe uma tendência grande no PSB de apoio ao candidato do PSDB, Aécio Neves.

"No partido hoje há uma tendência grande de, se houver acordo programático, compromisso com a reforma política, pode até ter um ou outro que possa ficar emburrado, mas é a tendência majoritária no partido", disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. 

O deputado reforçou também que uma posição de neutralidade não seria positiva para a construção feita por eles até aqui. "Não tem esse negócio de neutralidade. A neutralidade sempre ajuda alguém", afirmou.

Albuquerque disse que não quer se precipitar à decisão do partido, a ser tomada na quarta-feira (8) e da coligação que apoiou Marina, na quinta-feira (9). Mas disse pessoalmente ter certeza absoluta em quem "não vota em hipótese alguma", numa alusão ao PT.

No domingo, o deputado já havia dito e repetiu hoje que ele e o partido não têm cultura de "levar desaforo pra casa". "As ofensas não vieram de partido, mas dela própria, da boca da Dilma e do Lula."

Aliados de Marina já disseram também que a ex-ministra ficou com mágoas pelos ataques diretos desferidos durante a campanha do primeiro turno pela candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O deputado federal Júlio Delgado, presidente do PSB mineiro, disse à reportagem que está trabalhando para que o apoio a Aécio se concretize. "Existe um sentimento dentro do PSB de apoio a Aécio", afirmou. Ele lembrou que mesmo nomes como o presidente da sigla, Roberto Amaral, que tem ligação histórica com o PT e com a esquerda, já teriam dados sinais de que não se oporiam à decisão do partido.

Delgado destacou ainda que o cenário de cada Estado será respeitado. Na Paraíba, por exemplo, o governador Ricardo Coutinho, que concorre à reeleição, está coligado com o PT e tem um candidato do PSDB como adversário. Diante desse cenário, seria impossível o PSB local apoiar Aécio. Haveria também dificuldades em Estados como Amapá, Acre e Bahia devido à antiga ligação com o PT.

PERNAMBUCO - O governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, viajaram na manhã desta terça-feira para São Paulo a fim de continuar as discussões internas do partido sobre o posicionamento a ser adotado no segundo turno da eleição presidencial. De São Paulo eles seguem para Brasília, nesta quarta-feira (8), quando o diretório nacional deverá fechar o apoio a Aécio Neves.

A viúva do ex-presidenciável Eduardo Campos, Renata, participa ativamente das negociações. Nesta segunda-feira recebeu telefonema de Aécio e acompanhou as conversações que se desenrolaram por todo o dia com integrantes do PSB estadual, inclusive com todos os deputados eleitos. Renata permanece no Recife acompanhando o desenrolar das negociações.

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