PESQUISA

Eleitores avaliam impacto das pesquisas eleitorais

O estudo do IPMN revela que mais de 70% dos eleitores não sofreram influência de pesquisas de intenção de voto

Beatriz Albuquerque
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Beatriz Albuquerque
Publicado em 18/10/2014 às 7:00
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O estudo do IPMN revela que mais de 70% dos eleitores não sofreram influência de pesquisas de intenção de voto - FOTO: Foto: JC Imagem
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Os resultados das pesquisas eleitorais divulgados pela imprensa não foram capazes de influenciar o voto da maioria dos recifenses que tiveram acesso aos dados no primeiro turno. A conclusão é da última pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau (IPMN), que entrevistou, entre os dias 13 e 14 deste mês, 624 eleitores da capital. Por outro lado, o estudo revela que 47,6% da população confia nos institutos de pesquisa.

De acordo com a pesquisa, 49,2% dos entrevistados tomaram conhecimento de resultados de pesquisas na última eleição. Desse total, 58,6% acreditou nos resultados, entretanto, a grande maioria também afirmou que a escolha do seu voto não foi influenciada pelas pesquisas para o cargo de presidente (79%), senador (74%) e governador (72%).

De acordo com um dos coordenadores da pesquisa, o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Adriano Oliveira, os resultados revelam “aspectos contraditórios” dos eleitores, pois na avaliação de mais de 60% dos entrevistados, a divulgação de resultados teria sido capaz de influenciar o voto de outros eleitores.“Uma parcela ainda admite a influência das pesquisas no seu próprio voto e isso aumenta a responsabilidade dos institutos”, afirmou Oliveira. Ele ainda ressaltou a importância da pesquisa enquanto “ferramenta de informação”.

Em relação a credibilidade das instituições, 47,6% dos recifenses garantiram que confiam no trabalho dos institutos. No ranking das entidades mais confiáveis, o Ibope aparece em primeiro lugar (19,4%) e o IPMN como segundo colocado, com o aval de 18,3% dos entrevistados. Na sequência estão o DataFolha (17,6%) e o IBGE (12,3%). O total de 40,9% dos eleitores disse não confiar em nenhum instituto.

Apesar de negarem a influência dos resultados de pesquisa na escolha dos seus votos, os eleitores querem ter acesso aos dados até o último momento. A previsão legal para a divulgação de pesquisas eleitorais às vésperas do dia do pleito foi defendida por 56,3% dos eleitores que disseram concordar com a permissão.

A pesquisa apresentada pelo IPMN tem 95% de confiança e uma margem de erro estimada de 4,0 pontos percentuais. Segundo as estatísticas, o perfil dos entrevistados é formado em sua maior parte por mulheres, entre 25 e 34 anos, com ensino médio concluído ou superior incompleto e que recebem até um salário mínimo.

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