Declaração

Dilma critica Armínio sobre fala a respeito de câmbio

Questionada se, em eventual futuro segundo mandato, pretenderia manter a política de swap cambial, vista como uma forma heterodoxa de combater a inflação, a presidente respondeu de forma evasiva

Carolina Sá Leitão
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Publicado em 20/10/2014 às 21:52
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Questionada se, em eventual futuro segundo mandato, pretenderia manter a política de swap cambial, vista como uma forma heterodoxa de combater a inflação, a presidente respondeu de forma evasiva - FOTO: Foto: AFP
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A candidata à reeleição, presidente Dilma Rousseff (PT), disse nesta segunda-feira (20) não considerar o ex-presidente do Banco Central e virtual ministro da Fazenda de seu adversário Aécio Neves (PSDB) a pessoa mais adequada para falar de câmbio. "Não acho que o Armínio Fraga seja uma pessoa extremamente credenciada para falar de câmbio, se você for ver a retrospectiva dele. Tenho clareza que teve um momento que o Brasil saiu de um por um para um dólar - quatro reais. Isso levou a uma situação muito difícil para as empresas", disse Dilma.

Ela citou como exemplo as empresas do setor elétrico. Segundo Dilma, essas companhias ficaram em situação muito difícil porque tinham sido incentivadas a se endividar em dólar. A alta mencionada por Dilma aconteceu quando o dólar passou da cotação da ordem de R$ 2 para R$ 4, de junho a outubro de 2002. A variação ocorreu por conta das expectativas da eleição do então candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a escrever a Carta ao Povo Brasileiro, documento no qual se comprometeu a manter as bases da política econômica.

Armínio assumiu a Presidência do Banco Central em março de 1999, quando o câmbio no Brasil já era flutuante. Questionada se, em eventual futuro segundo mandato, pretenderia manter a política de swap cambial, vista como uma forma heterodoxa de combater a inflação, Dilma respondeu de forma evasiva. "Eu não respondo pelo programa de swap, pela política monetária; vocês perguntem isso ao Banco Central."

Durante a coletiva no início da noite, Dilma também reclamou da comparação feita por Aécio da economia brasileira com países vizinhos da América Latina. Para Dilma, a comparação é injusta e desconsidera os efeitos da crise internacional sobre o Brasil. "Tudo aquilo que falam, que nossos vizinhos estão melhores do que nós, não considera que nossos vizinhos não têm o nosso tamanho. Gosto muito da Michelle Bachelet (presidente do Chile) e dos chilenos, mas não posso deixar de dizer o seguinte: o Chile é do tamanho do Rio Grande do Sul", argumentou.

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