Segundo Turno

Caminhada com mulheres marca fim da campanha de Dilma

Depois do debate no SBT, o mais tenso da disputa presidencial, petistas como o ex-presidente Lula insinuaram que Aécio agride mulheres e o acusaram de não respeitar a presidente da República

Carolina Sá Leitão
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Carolina Sá Leitão
Publicado em 21/10/2014 às 19:15
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Depois do debate no SBT, o mais tenso da disputa presidencial, petistas como o ex-presidente Lula insinuaram que Aécio agride mulheres e o acusaram de não respeitar a presidente da República - FOTO: Foto: ABr
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Depois de vários dias de críticas e acusações dos petistas ao tucano Aécio Neves, por ter chamado a adversária Dilma Rousseff de "leviana" em debate na semana passada, uma caminhada com mulheres marcará o fim da campanha da presidente no Rio de Janeiro. A agenda original de Dilma previa três atividades no Estado, inclusive um comício na Cinelândia, mas somente a marcha "Mulheres de coração valente" foi mantida. 

A caminhada acontecerá no centro de Duque de Caxias (Baixada Fluminense), onde a presidente venceu no primeiro turno com 47 6% dos votos, e será centrada, segundo o prefeito Alexandre Cardoso (sem partido), "na defesa das garantias sociais e no combate à violência contra mulheres". 

Depois do debate no SBT, o mais tenso da disputa presidencial, petistas como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva insinuaram que Aécio agride mulheres e o acusaram de não respeitar a presidente da República. O assunto também foi explorado na propaganda do PT na televisão. 

Coordenador da campanha de Dilma no Rio, o vice-prefeito da capital, Adilson Pires (PT), diz que há mais de um mês estava decidido que a presidente teria uma agenda com mulheres. A ideia inicial é que acontecesse na zona sul, área nobre do Rio, ou no centro, mas Cardoso convenceu os petistas a levarem a atividade para a Baixada Fluminense. "É importante a presidente fazer um ato com essa dimensão, a Baixada tem um histórico de violência contra as mulheres", diz o prefeito de Caxias. 

Na quinta-feira (23), Lula fará campanha, sem Dilma, em São Gonçalo (região metropolitana) e na zona oeste da capital. "São as regiões da periferia, onde Dilma tem bom desempenho e existe espaço para crescer mais. Os votos estão lá, precisamos ir buscá-los", diz Adilson. Dilma venceu com folga (47,2%) em São Gonçalo, mas na zona oeste do Rio dividiu os votos com a candidata derrotada do PSB, Marina Silva. Em reunião segunda-feira, 20, dirigentes de diretórios de outros Estados reclamaram que os compromissos da presidente na reta final da campanha estavam muito concentrados no Rio de Janeiro. Acertou-se, então, que a programação de amanhã seria dividida com Minas Gerais. 

"Defendi o comício na Cinelândia, por ser um lugar que fala para o País, mas a gente acabou atropelado por essa confusão da reta final. Houve uma avaliação de que havia muita agenda no Rio e que não dá para Dilma ter um ritmo alucinado antes do debate da TV Globo, na sexta-feira (24) que é muito importante", afirma o coordenador petista. 

Segundo pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira, Dilma abriu 12 pontos de vantagem sobre Aécio no Rio, terceiro colégio eleitoral, com 12 milhões de votantes. Dilma alcançou 56% dos votos válidos. A meta dos petistas é chegar pelo menos aos 60% que a presidente obteve no segundo turno de 2010 contra o José Serra (PSDB). "Essa vantagem no Rio pode decidir a eleição no País", diz Adilson. O Ibope aponta que Dilma está 14 pontos à frente de Aécio entre as eleitoras fluminenses (57% a 43%) e 10 pontos entre os homens (55% a 45%).

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