Eleições 2016

Candidatos a vice-prefeito se dividem entre experientes e desconhecidos

Companheiros de chapa dos candidatos a prefeito alegam que têm muito a contribuir

Franco Benites
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Franco Benites
Publicado em 15/08/2016 às 9:08
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Companheiros de chapa dos candidatos a prefeito alegam que têm muito a contribuir - FOTO: Acervo JC Imagem
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A campanha eleitoral para a prefeitura do Recife começa oficialmente nesta terça-feira e até outubro muito se falará sobre o candidato à reeleição, Geraldo Julio (PSB), e seus opontentes João Paulo (PT), Daniel Coelho (PSDB), Priscila Krause (DEM), Edilson Silva (PSOL), Carlos Augusto Costa (PV) e Simone Fontana (PSTU). Esses postulantes não vão para a disputa sozinho e é preciso que o eleitor fique atento ao posto de vice-prefeito na chapa de cada partido.

Para a candidatura de Geraldo, nada muda. Ele se coloca na disputa com o mesmo vice de quatro anos atrás, Luciano Siqueira (PCdo). O comunista, aliás, tem fôlego olímpico quando o assunto é ser vice-prefeito do Recife. Ele já ocupou o posto por oito anos quando João Paulo, agora seu rival, dirigiu a capital (2000-2008).

No início do ano, cogitou-se que Geraldo poderia trocar Luciano por algum político do PMDB, mas ele reafirmou a parceria com o comunista, a quem costuma chamar de co-prefeito. “Luciano prestou uma contribuição inestimável na vitória do nosso projeto em 2012 e foi decisivo para o sucesso da nossa gestão. É uma alegria poder contar com a sua experiência como homem público”, disse o prefeito, na nota que confirmou Luciano na vice.

O deputado estadual Silvio Costa Filho (PRB) desistiu da candidatura para a prefeito para compor a chapa com João Paulo (PT) e garante não se arrepender da decisão. “Fizemos essa união baseada em uma agenda programática para a cidade”, disse o parlamentar, que coordena o programa de governo apresentado aos eleitores.

Silvio Filho que aproveitar o fato da dupla formada com João Paulo ser conhecida pelos eleitores. “É uma campanha curta e a gente possivelmente vai se dividir em alguns momentos para ampliar a campanha nas ruas”, informou. Como tem mandato de deputado e é uma das lideranças da oposição ao governo Paulo Câmara (PSB), ele não poderá se ausentar da Assembleia Legislativa em alguns momentos.

Assim como Silvio Filho, o engenheiro Jacques Ribemboim (PV) acumula o posto de candidato a vice-prefeito e coordenador do programa de governo de Carlos Augusto Costa (PV). “Formamos a chapa puro-verde. A nossa sintonia é total, no campo pessoal e político”, garante. Ele diz que tem muito a contribuir com o Recife. “O vice tem que procurar ter as virtudes do prefeito e ainda ser discreto”, opina.

Embora os candidatos a vice garantam que não serão apenas “decorativos”, o cientista político Túlio Velho Barreto afirma que o eleitor não costuma prestar  atenção neles “O que parece pesar na escolha é a cabeça da chapa. O eleitor faz sua escolha em função desse candidato e muitas vezes ou quase sempre nem sabe quem é o candidato a vice. Quer dizer, não dá muita importância ao nome escolhido para a vaga de vice nem as razões para tanto. Nisso, esta eleição não se diferencia das anteriores”, analisa.

DESCONHECIMENTO COMO DESAFIO

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) e os deputados estaduais Priscila Krause (DEM) e Edilson Silva (PSOL) são atuantes e conhecidos do eleitor, mas escolheram vices sem experiência política e vão precisar andar muito pela cidade para apresentar os companheiros de chapa aos  recifenses.

Primeiro candidato a prefeito do Recife a definir o vice, Daniel Coelho escolheu o empresário Sérgio Bivar (PSL), filho do ex-deputado Luciano Bivar. O colega de chapa do tucano reconhece que vai precisar se mostrar ao eleitor e diz que não faltará disposição para isso. “Entre às 5h da e às 22h, estarei na campanha”, diz, informando que irá a atos de rua e fará a ponte entre Daniel e algumas parcelas do eleitorado, como os empresários.

Priscila informou o nome do candidato a vice apenas no dia da convenção que homologou sua candidatura. A democrata escolheu o empresário Alcides Cardoso (PMN). “É a primeira vez que serei candidato. Eu ia sair candidato a vereador, mas recebi esse convite de Priscila e não pude negar”, conta. A candidatura inédita, garante Alcides, não significa falta de traquejo em campanhas eleitorais. “Conheço Priscila há uns dez anos e sempre participei das campanhas dela”, informa.

A exemplo de Carlos Augusto Costa (PV), Edilson Silva (PSOL) também apostou em uma solução caseira. Ele será o único candidato a ter uma mulher como companheiro de chapa. A eleita foi a professora Luciana Carvalho (PSOL), que já começou a colocar a mão na massa na pré-campanha. “A gente tem dividido tarefas e estou contribuindo com o programa de governo junto com uma equipe multidisciplinar”, declara.
Luciana sabe que vai precisar driblar algumas barreiras na campanha. “Se faz necessário que eu esteja nas ruas para as pessoas conhecerem o meu perfil”, diz.

A reportagem não conseguiu contato com Simone Fontana (PSTU), que entra na disputa com José Mariano (PSTU) na vaga de vice.

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