MENSALÃO

Defesa diz que prova contra Delúbio é pífia e rala

Para o defensor, como o MPF não conseguiu provas durante o curso do processo para condenar o ex-tesoureiro do PT, ressurgiram depoimentos prestados na CPI

da Agência Estado
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Publicado em 06/08/2012 às 17:11
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O advogado Arnaldo Malheiros Filho afirmou nesta segunda (6) que a prova contra o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares não se presta a condená-lo. "A verdade é que a prova é pífia, esgarçada e rala. Ela não se presta à condenação de Delúbio Soares de maneira nenhuma", afirmou Malheiros Filho, no terceiro dia do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o defensor, como o Ministério Público Federal não conseguiu provas durante o curso do processo para condenar o ex-tesoureiro do PT, ressurgiram depoimentos prestados na CPI.



O advogado de Delúbio disse que, desde as discussões para se formar a chapa de 2002 com o petista Luiz Inácio Lula da Silva e José Alencar, pelo PT, "já se estruturava a divisão de recursos para custeio da campanha". E que, após a eleição e com a formação do bloco de apoio ao novo governo, o diretório nacional petista decidiu arcar com as despesas dos diretórios regionais do PT e dos partidos da base aliada.

Malheiros Filho rechaçou a acusação de que o núcleo político do mensalão apontado pelo Ministério Público na denúncia, que contava com a participação do ex-ministro José Dirceu e de Delúbio Soares, comprava apoio político para se perpetuar no poder. "Não é verdade. Em primeiro lugar, porque podem ser muitos, mas não são todos os políticos que querem dinheiro", disse, ao ressaltar que Delúbio não se envolvia com o "jogo político".

O defensor do ex-tesoureiro do PT também usou dados para rebater o que sustenta o MP: nas discussões das reformas tributária e previdenciária, houve repasse de dinheiro para partidos antes e depois das votações. Ele citou o fato de que as reformas tributária e previdenciária terem contado com apoio maciço da oposição no Senado. Mas o Ministério Público argumenta que o mensalão foi pago a deputados federais, o que Malheiros Filho não mencionou.

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