Previsto para ir ao ar em cadeia nacional de rádio e TV na próxima quinta-feira (07), o programa do Partido da República (PR) trará uma mensagem alinhada com o governo Dilma, sinalizando a permanência na aliança de 2014. O vídeo foi dividido por temas como educação, transporte, saúde, agronegócio e juventude, que serão apresentados pelos dirigentes da legenda ao longo de dez minutos como prevê a Justiça Eleitoral.
"Nos depoimentos há sempre o reconhecimento de que os projetos estão dando certo mas que também é preciso melhorar", disse ao Broadcast Político o marqueteiro do PR, Elsinho Mouco. "O programa está alinhado com o governo Dilma e passa a mensagem que está jogando junto em 2014", acrescentou o publicitário.
Inicialmente estava previsto que o mote da propaganda partidária seria o de que "em time que está ganhando se mexe, mas para melhorar". A linguagem futebolística também iria preponderar entre os personagens. O roteiro, entretanto, teve que ser alterado para que fosse feito um ajuste no cenário onde seria feita a gravação.
O problema ocorreu, segundo Elsinho Mouco, após o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), negar o acesso da equipe de gravação ao Estádio Nacional de Brasília, onde ocorrerão os jogos da Copa do Mundo de 2014.
"Pedimos em setembro a autorização que acabou sendo negada em cima da hora por uma questão política. O ciúme de Agnelo em relação ao ex-governador Arruda, que foi para o PR, acabou atrapalhando as gravações", afirmou o publicitário. Após a negativa do petista, a equipe de gravação recorreu ao gramado que fica em frente ao museu Memorial JK, no centro de Brasília.
O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, é considerado pelo Ministério Público Federal como o líder do esquema conhecido como o Mensalão do DEM. Ele ingressou na legenda após acertar o seu regresso à vida política com o então secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto, que por sua vez foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no esquema do mensalão do PT.
Até o momento, não há nenhuma decisão em torno do futuro político de Arruda que, em razão de os processos do Mensalão do DEM não terem sido julgados pela Justiça, poderá disputar as próximas eleições.