REFORMA

Dilma anuncia mudanças em seis ministérios

Previsão é que posse dos novos ministros ocorra na próxima segunda (17) em cerimônia no Palácio do Planalto

Da AE
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Publicado em 13/03/2014 às 20:24
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Previsão é que posse dos novos ministros ocorra na próxima segunda (17) em cerimônia no Palácio do Planalto - FOTO: Foto: AFP
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Em meio à crise com integrantes da base aliada no Congresso, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (13) mudanças na composição da Esplanada dos Ministérios. A previsão é de que a posse dos novos ministros ocorra na próxima segunda-feira (17), às 10h, em cerimônia no Palácio do Planalto.

Em nota divulgada nesta quinta-feira pela Secretaria de Comunicação foram confirmadas as seguintes mudanças: o atual secretário de política Agrícola, Neri Geller, assume no lugar do ministro da Agricultura, Antônio Andrade (PMDB-MG). O assessor internacional do Sebrae, Vinícius Nobre Lages, assume a pasta do Turismo no lugar de Gastão Vieira (PMDB-MA).

O vice-presidente de governo da Caixa Econômica, Gilberto Occhi, passa a ocupar a vaga do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O atual presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, assume o comando do Ministério de Desenvolvimento Agrário no lugar de Pepe Vargas (PT-RS). O ex-reitor da Universidade de Minas Gerais Clélio Campolina Diniz ocupará o Ministério de Ciência e Tecnologia na lugar de Marco Antônio Raupp. O senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) assume o Ministério da Pesca no lugar de Marcelo Crivella (PRB).

Os ministros que desembarcam da Esplanada ficam livres para iniciar pré-campanha para disputar as próximas eleições de outubro. A dança das cadeiras anunciada pela presidente Dilma ocorre num momento em que se estabeleceu uma crise com integrantes da base aliada no Congresso que se queixam de falta de espaços no governo e de atrasos na liberação de emendas para tentarem atender aos pleitos das bases eleitorais nos Estados.

Com a divulgação dos novos ministros, Dilma tenta desarmar o espírito beligerante de parte dos aliados. Avisados de que seriam atendidos na reforma ministerial, o PP e mais recentemente o PROS anunciaram que não farão parte do blocão da Câmara, composto por partidos descontentes com o Palácio do Planalto.

O bloco, capitaneado pelo líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), impôs nos dois últimos dias uma série de derrotas ao governo com a aprovação de propostas que desagradam o Planalto, como os convites e convocações a ministros e à presidente da Petrobras, Graça Foster, para prestar esclarecimentos no Congresso. Detentores da indicação para Agricultura e Turismo, os deputados do PMDB alegam que não foram ouvidos por Dilma.

Apesar das queixas dos deputados, integrantes da cúpula do partido saíram em campo nesta quinta-feira em defesa do fim do grupo. "O PMDB é um partido da base e não é compreensível, até para opinião pública do País, ver um partido que tem a vice-presidência da República, a presidência do Senado e da Câmara e possa estar na oposição. Isso é uma incoerência", afirmou o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), após participar de evento no Palácio do Planalto em que a presidente Dilma anunciou novos investimentos do PAC Mobilidade em seis Estados e no DF. Questionado se o discurso era um recado direto da cúpula para a extinção do blocão, Raupp respondeu: "Esse pedido estamos fazendo há muito tempo, para que o PMDB volte à base. É um pedido que fazemos todos os dias para que a gente possa refletir e possa voltar a conversar".

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