Os cinco especialistas dos Estados Unidos e do Canadá que foram enviados ao Brasil para participar das investigações da queda do jatinho Cessna Citation, que caiu em Santos, na quarta-feira da semana passada, matando o ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos e mais seis pessoas, já regressaram aos seus países. Entre os estrangeiros que estavam no Brasil colaborando com as investigações haviam representantes da Cessna Aircraft Company, fabricante do avião, e da Pratt & Whitney, fabricante do motor.
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O grupo era formado também por técnicos do National Transportation Safety Board (NTSB) e da Transportation Safety Board (TSB), órgãos similares de investigação de acidente dos Estados Unidos e Canadá, semelhante ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) do Brasil. O quinto participante do grupo era o representante da Federal Aviation Administration (FAA), agência de aviação civil americana.
De acordo com a Aeronáutica, a participação dos especialistas na investigação é normal e segue a convenção de Chicago, da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Durante a vistoria no local do acidente esta semana, os especialistas estrangeiros avaliaram que as investigações da queda do avião vão demorar pelo menos um ano. Os técnicos estiveram na área da queda do avião, entraram em alguns imóveis, mas evitaram fazer perguntas aos moradores do local.
Apesar de os técnicos estrangeiros terem direito a participar da investigação do Cenipa, a conclusão dos trabalhos, com a identificação dos fatores que contribuíram para o acidente do avião, além da emissão das recomendações de segurança, são prerrogativas do governo brasileiro. Os países estrangeiros, no entanto, poderão contribuir com comentários enviados ao relatório final de investigação do Cenipa.