O candidato a vice-presidente da República pelo PSB, Beto Albuquerque, cancelou a agenda de campanha que cumpriria nesta sexta-feira (26) em Minas Gerais ao lado da candidata Marina Silva para tentar resolver a crise instalada no partido desde que o presidente da legenda, Roberto Amaral, convocou o diretório nacional para eleger o novo comando da legenda, na próxima segunda-feira (29). Albuquerque, vice-presidente do PSB, disse que a convocação é "inoportuna" e que o partido deve estar totalmente focado na disputa presidencial.
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Amaral, que tenta continuar à frente do PSB, argumenta que a data tinha sido marcada pelo ex-governador, candidato à Presidência da República e presidente do partido Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo em 13 de agosto.
Os socialistas passarão a sexta-feira em reuniões em São Paulo na tentativa de resolver o impasse. "Esta convocação, sobre a qual não fui consultado, está desconectada do momento. É inoportuno nessa hora eleger o presidente do PSB. É hora de eleger a presidente da República. Eduardo marcou esta data porque seria reeleito. Qual é o problema de adiar a eleição no partido? O que não pode é adiar a eleição presidencial. Isso desmobiliza. O diretório tem 110 integrantes, a grande maioria disputando eleição", afirmou Albuquerque.
O candidato a vice disse não ser contra a reeleição de Amaral e negou que esteja articulando uma chapa de oposição. No entanto, defendeu que Pernambuco, Estado de Eduardo Campos, tenha peso importante no processo de formação do novo comando partidário. "Pernambuco tem que entrar na discussão pelo peso que tem, porque deve eleger o maior número de deputados federais e estaduais do PSB, e pelo dever moral que o partido tem com esse Estado", afirmou Albuquerque, depois de participar com Marina da visita à Central Única das Favelas (Cufa), em Madureira, na zona norte do Rio.