O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, informou nesta sexta-feira (26), em Taboão da Serra, São Paulo, que divulgará seu programa de governo na próxima segunda-feira (29). Segundo o candidato, o programa deixa claros os caminhos que percorrerá, se for eleito, aumentar a taxa de investimentos e gerar mais empregos no país.
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Isso será feito por meio do resgate das agências reguladoras e com respeito aos contratos, disse Aécio, em rápida entrevista ao lado das obras de construção de uma agência do Poupatempo na cidade.
Na entrevista, ele reafirmou que sua candidatura é a única capaz de fazer o país retomar o crescimento, gerar empregos de qualida e qualificando os jovens para os novos mercados. "Não há solução para o Brasil sem a retomada do crescimento”, enfatizou o senador mineiro.
Depois da coletiva, Aécio deu início a uma caminhada, que teve que ser interrompida por causa de uma confusão. Um repórter da Associated Press, André Penner, de 49 anos, que trabalhava acompanhando o evento, foi agredido e teve a máquina furtada. Ele acusou seguranças do candidato e do partido pela agressão. Segundo o jornalista, o incidente começou com um empurra-empurra. "[Os seguranças] me passaram para um canto, para ninguém ver, me agrediram, me derrubaram e me deram soco.” De acordo com Penner, a máquina furtada está avaliada em cerca de R$ 15 mil.
Adriana Spaca, fotógrafa da Brasil Photo Press, disse que viu a agressão. “Foi um empurra-empurra. Veio um segurança, colocou ele [Penner] no canto e vieram uns três ou quatro que deram um soco na cabeça dele. Ele caiu e a câmera dele sumiu. A imprensa não pode trabalhar?”, questionou Adriana.
Mais tarde, Penner disse à Agência Brasil que foi procurado por um homem segundo o qual a “máquina apareceria” logo. Pouco tempo depois, a câmara foi devolvida intacta. Penner disse que, até o momento, não tinha sido procurado por ninguém da campanha e que pretende registrar um boletim de ocorrência sobre a agressão.
Em nota à imprensa, a Coligação Muda Brasil, que apoia Aécio, lamentou o incidente e disse que se solidariza com Penner e com o editor de imagens da campanha, Guilherme Fazan, também agredido durante o evento. A coligação informa que não contratou seguranças para o ato de campanha e lembra que a segurança do candidato é feita pela Polícia Federal.
“A coligação está pronta a colaborar da forma necessária para ajudar a esclarecer o caso e identificar os responsáveis pela lamentável ocorrência”, acrescenta a nota.