Declaração

PV entra com representação contra Fidelix por homofobia

A representação, feita a pedido de Eduardo Jorge, candidato do partido à Presidência, pede que o MP abra um inquérito policial contra Fidelix para apurar desrespeito à dignidade humana

Carolina Sá Leitão
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Publicado em 29/09/2014 às 20:23
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A representação, feita a pedido de Eduardo Jorge, candidato do partido à Presidência, pede que o MP abra um inquérito policial contra Fidelix para apurar desrespeito à dignidade humana - FOTO: Foto: ABr
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André Pomba, candidato do PV a deputado federal e representante do PV Diversidade, protocolou nesta segunda-feira (29) uma representação contra o candidato Levy Fidelix (PRTB) por causa do discurso homofóbico do candidato no debate da TV Record, ontem. A representação, feita a pedido de Eduardo Jorge, candidato do partido à Presidência, pede que o MP abra um inquérito policial contra Fidelix para apurar desrespeito à dignidade humana.

"A posição do PV todos já conhecem, somos a favor de equiparar a homofobia a crime de racismo. Para nós, mesmo sem essa legislação explicitamente aprovada no Congresso, julgamos que cabe o processo por incitação à violência e preconceito. O Jurídico do PV também está estudando para amanhã uma ação no TSE", diz Eduardo Jorge na nota distribuída pelo PV.

Na representação, assinada por Andre Luiz Cagni, o partido diz que Fidelix, "ao discursar de forma tão discriminatória", "acabou por cometer injúria homofóbica, ofendendo a dignidade e o decoro da comunidade LGBT, fato que é caracterizado como ilícito penal, previsto no artigo 140do Código Penal". E como o discurso foi transmitido para todo o País, a pena deveria ser aumentada em um terço. 

Rede

A candidata à presidência da República, Marina Silva, considerou "de fato homofóbicas e inaceitáveis em quaisquer circunstâncias" as declarações do candidato Levy Fidelix e disse que a Rede Sustentabilidade avalia entrar com ação na Justiça contra o candidato. 

"Não aceitamos em hipótese alguma atitude que incita ao preconceito, desrespeito, violência contra comunidade LGBT ou qualquer que seja", disse. Marina afirmou não ter interferido no momento do debate porque havia regras claras e ela não poderia entrar na fala das demais pessoas. 

Segundo a candidata, a declaração de Fidelix foi "inaceitável do ponto de vista de uma completa intolerância com a diversidade social e cultural que caracteriza nosso País, com o respeito que se deve ter às pessoas independentemente da condição social, da cor e da orientação sexual". 

Marina concedeu uma entrevista em um hotel de Caruaru e se dirigiu ao centro da cidade, onde faz um comício. Caruaru está localizada no Agreste pernambucano a cerca de 130 quilômetros de Recife, e tem suas três forças políticas reunidas em torno da candidatura de Marina para Presidência e de Paulo Câmara (PSB) para o governo de Pernambuco.

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