Na primeira entrevista após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, questionado sobre sua sucessão, não quis responder. Disse que a pergunta deveria ser direcionada para a presidente Dilma Rousseff. "Não cabe a mim falar em nome de ministros neste momento", afirmou. Segundo ele, a entrevista desta segunda-feira (27) foi convocada para falar de propostas. "Nós temos muitas coisas para fazer até o fim do ano, uma série de estímulos foram feitos e outros devem vir. Temos dois meses pela frente de trabalho intenso, até terminar o ano, para que possamos fortalecer os fundamentos e criar as condições para que as empresas e trabalhadores se mobilizem para um novo ciclo de expansão."
Segundo o ministro, não faz sentido encaminhar projeto de autonomia do BC ao Congresso pelo que foi dito durante a campanha. Ele falou ainda que o momento não é adequado para anunciar novas propostas. "Esse não é o momento de tomar medidas. Não é o momento, mas novas medidas devem ser tomadas", afirmou.
Mantega disse que o governo vai reforçar "o lado fiscal". "Já temos perspectiva para 2015 de um resultado fiscal mais forte. Vamos continuar nos esforçando para aumentar a transparência da execução fiscal. Isso tem avançado bastante", afirmou.
O ministro disse, após essa afirmação, que esse é o rumo que está estabelecido. "Em 2014, vamos nos empenhar para fazer a melhor meta possível de fiscal e temos de olhar para o próximo ano", disse. "Nos empenharemos para fazer esforço fiscal maior em 2015 e para os próximos 4 anos".
COMPROMISSOS ECONÔMICOS - Mantega afirmou que foi a público para "confirmar os compromissos do governo brasileiro". "Temos compromisso de fortalecer os fundamentos da economia brasileira. Isso é fundamental e prioritário na nossa economia. Significa manter bom resultado fiscal para que a dívida pública fique sob controle", afirmou, acrescentando que isso é uma prioridade para os próximos quatro anos.
Mantega citou ainda que é prioridade manter a inflação sob controle, continuar gerando empregos e manter o mercado interno em expansão. "Para aumentar empregos no País, tem que manter estímulo ao investimento. Temos que criar condições para que o investimento continue crescendo no País", afirmou.
"Temos que fortalecer as empresas brasileiras e estimular o mercado de capitais. Temos também que manter o sistema financeiro sólido, que financia a expansão da economia e do consumo", afirmou.