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Mauro Borges diz já ter entregue sua carta de demissão

Demissão de Marta Suplicy surpreendeu o Palácio do Planalto e obrigou o governo a antecipar o processo de saída coletiva

Danilo Galindo
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Danilo Galindo
Publicado em 12/11/2014 às 13:15
Foto: José Paulo Lacerda / CNI
Demissão de Marta Suplicy surpreendeu o Palácio do Planalto e obrigou o governo a antecipar o processo de saída coletiva - FOTO: Foto: José Paulo Lacerda / CNI
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, disse nesta quarta-feira, 12, ter entregue, na terça-feira, 11, sua carta de demissão ao Palácio do Planalto. Borges negou que tenha ocorrido um pedido de antecipação na entrega dos pedidos. "Esse é um procedimento natural de um governo de transição. É natural que os ministros deixem a presidenta à vontade para montar o seu ministério para o segundo mandato. Isso é parte da democracia e considero isso um fato altamente positivo", disse. 

Borges afirmou que os ministros se comunicam entre si, mas negou qualquer precipitação nesse processo. "Tem uma visão geral de todos os ministros de que é momento adequado. Estamos no calendário da transição. Existe comunicação entre os ministros, com o próprio ministro (chefe da Casa Civil), Mercadante, mas esse é procedimento usual", disse. Questionado sobre os planos para quando deixar o ministério, Borges disse que o seu retorno natural é voltar à atividade de professor e pesquisador na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, informou que, na tentativa de neutralizar a saída de Marta Suplicy do Ministério da Cultura, o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante pediu a todos os ministros que entreguem suas cartas de demissão até a próxima terça-feira, 18, quando a presidente Dilma Rousseff retornará de sua viagem à Austrália.

A ideia inicial era que a entrega dos cargos à presidente ocorresse de forma conjunta, no próprio dia 18, como forma de indicar que a equipe deixava a presidente à vontade para compor um novo time no segundo mandato. A atitude de Marta, porém, surpreendeu o Palácio do Planalto e obrigou o governo a antecipar o processo de saída coletiva.

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