Um empresário paulista de 57 anos foi preso no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, na Zona Sul do Recife, quando tentava embarcar para a capital paulista, na manhã desta sexta-feira (14), ás 6h. A prisão aconteceu dentro da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal no estados do Pernambuco, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do Distrito Federal. Operação policial já se encontra em sua sétima fase.
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A Polícia Federal de Pernambuco cumpriu um mandado de prisão temporária, com duração de cinco dias, alé de um mandado de busca e apreensão, pôsto em prática em um apartamento de luxo no bairro de Boa Viagem, também na Zona Sul. Segundo assessoria de comunicação da pf, nada foi apreendido com o mandado de busca na residência. Os mandados foram expedidos pelo juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Ainda de acordo com a polícia, o empresário Nilton Prado Júnior foi detido no check-in do Aeroporto do Recife quando iria embarcar com destino a São Paulo. Ele mora no bairro do Boqueirão, em Santos, onde é diretor técnico da empresa Engevix Engenharia. A polícia acredita que ele estava na capital pernambucana a negócios. Há informações que essa empresa teria assinado um contrato com o Sport Club do Recife para a contrução da arena do clube e que esse contrato teria sido rompido há 10 dias. O empresário foi encaminhado á sede da PF, na área central do Recife, mas ainda nessa sexta-feira (14) será encaminhado para Curitiba, onde estão transcorrendo todas essas investigações da operação.
Operação Lava Jato
A Operação Lava Jato foi deflagrada no dia 17/03 deste ano com o objetivo de desarticular organizações criminosas acusadas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou aproximadamente R$ 10 bilhões. A Petrobras está no centro das investigações da Operação, que identificou um grupo brasileiro especializado no mercado clandestino de câmbio.
A Justiça Federal do Paraná, responsável pelo processo, decretou seis mandados de prisão preventiva, 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 de busca e apreensão. Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro, de acordo com a sua participação no esquema.
A construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, é um dos principais contratos sob suspeita, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões. A compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, também está sob forte investigação. As investigações indicam que ela teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina.