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Operador de Youssef pede para ser dispensado de depoimento na CPI

João Procópio de Almeida Prado está preso desde julho e, se comparecer à comissão, fará valer seu direito de ficar em silêncio

Da Folha Press
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Publicado em 19/11/2014 às 14:49
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João Procópio de Almeida Prado está preso desde julho e, se comparecer à comissão, fará valer seu direito de ficar em silêncio - FOTO: Foto: Agência Senado
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Apontado pela Polícia Federal como operador de Alberto Youssef no exterior, o executivo João Procópio de Almeida Prado pediu dispensa do depoimento que daria à CPI mista da Petrobras, marcado para esta quinta-feira (20).

Em ofício enviado ao colegiado, os advogados de Procópio argumentam que ele está preso desde julho e, se comparecer à comissão, fará valer seu direito de ficar em silêncio.

Presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), ainda não bateu martelo sobre o assunto. "Vou consultar os líderes e o deputado Marco Maia (relator) para definir se trazemos mesmo assim ou concedemos a dispensa. Vamos definir hoje", adianta Vital.

Segundo a Operação Lava Jato, Procópio atuava como laranja de Yousseff. Além disso, ele e o doleiro eram beneficiários de uma conta em um banco na Suíça, cujo saldo era de R$ 5 milhões.

EMPRESAS - Os parlamentares da CPI também precisarão decidir o que fazer com outros alvos da investigação: empresas apontadas como participantes do esquema de corrupção da Petrobras.

No último dia 5, a comissão enviou requerimentos pedindo esclarecimentos sobre operações e contratos a 24 grupos empresariais.

Estabeleceu prazo de dez dias, a partir do recebimento dos questionários, para que fossem devidamente respondidos e remetidos ao Congresso.

Na maioria dos casos, elas têm até esta quinta e sexta-feira para sanar as dúvidas dos parlamentares. Caso contrário, definiu a CPI, seus executivos poderão ser convocados a prestar depoimentos e os sigilos poderão ser quebrados.

Até o fim da manhã desta quinta-feira, porém, nenhuma das empresas havia respondido os questionamentos.

As empreiteiras UTC e Queiroz Galvão, ambas acusadas de pagar propina a executivos da Petrobras, pediram mais prazo para enviar as informações, assim como a Muranno Marketing Brasil.

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