O último depoimento do doleiro Alberto Youssef, que fez um acordo de delação premiada, continua em andamento no início da noite desta terça-feira (25).
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Youssef, que era responsável pela intermediação de propinas para obras da Petrobras, segundo a investigação da Operação Lava Jato, iniciou a oitiva por volta das 14h30.
Cerca de cinco horas depois, às 20h, o depoimento, prestado na sede da Polícia Federal em Curitiba, ainda não havia terminado.
O doleiro está preso na carceragem da PF na capital paranaense desde março. É acusado de lavagem e desvio de dinheiro.
Finalizada e homologada a delação premiada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o que deve levar algumas semanas, a expectativa da sua defesa é que o delator consiga cumprir pena em regime aberto, e suspenda o andamento de alguns dos processos em que é réu.
"Pela efetividade da colaboração, ele faz jus a um prêmio", afirmou o advogado de Youssef, Antônio Figueiredo Basto."Até pela utilidade do depoimento na situação toda, que é espantosa."
Figueiredo Basto afirma que seu cliente nunca comandou o esquema de corrupção na Petrobras.
"Ele [Youssef] nem tinha poder para isso. Não era funcionário público, não é agente político nem trabalhava em empreiteira. Então, ele era usado por todas essas pessoas para que o esquema pudesse se movimentar."