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Sigilo impediu Graça de revelar corrupção da SBM

A Petrobras informou que Graça teve conhecimento de desvio de recursos pela primeira vez por meio da imprensa, em fevereiro, quando determinou a abertura de uma auditoria interna

Danilo Galindo
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Danilo Galindo
Publicado em 26/11/2014 às 21:55
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A Petrobras informou que Graça teve conhecimento de desvio de recursos pela primeira vez por meio da imprensa, em fevereiro, quando determinou a abertura de uma auditoria interna - FOTO: Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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A Petrobras divulgou nota nesta noite de quarta-feira, 26, contrariando as acusações feitas hoje pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) de que a presidente da empresa, Graça Foster, teria mentido ao Congresso sobre irregularidades no contrato firmado com a holandesa SBM para o afretamento de sondas e plataformas.

Segundo o deputado, Graça teria afirmado não ter conhecimento das irregularidades, mas, neste mês, admitiu ter sido informada pela própria SBM que a empresa teria pago propina para ser beneficiada em contrato com a estatal. Mas a estatal argumenta que Graça não informou anteriormente ter conhecimento do caso por questão de sigilo. 

A Petrobras informou que Graça teve conhecimento de desvio de recursos pela primeira vez por meio da imprensa, em fevereiro, quando determinou a abertura de uma auditoria interna, que, por fim, não encontrou nenhuma irregularidade nos contratos com a SBM. Em 23 de maio teria recebido telefonema do presidente da SBM, que admitiu o pagamento de propina, e, quatro dias depois, a confirmação chegou em carta enviada pela empresa holandesa. 

"Neste momento em que a empresa SBM fechou acordo com o Ministério Público da Holanda e este, em 12/11/2014, deu publicidade às informações referentes a existência de pagamentos indevidos no Brasil, entendeu-se que a menção ao recebimento dessas comunicações não estaria mais sob sigilo. Até hoje a Petrobras não conhece oficialmente quem poderia ter recebido o suposto suborno e o respectivo valor", afirma a Petrobras, em nota.

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