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Fernando Bezerra Coelho diz desconhecer denúncias de ex-diretor da Petrobrás

Senador eleito pelo PSB teria intermediado o envio de R$ 20 milhões para a campanha de Eduardo Campos de 2010, segundo jornal paulista

Mariana Araújo
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Mariana Araújo
Publicado em 20/12/2014 às 5:14
Foto: Alexandre Godim/JC Imagem
Senador eleito pelo PSB teria intermediado o envio de R$ 20 milhões para a campanha de Eduardo Campos de 2010, segundo jornal paulista - FOTO: Foto: Alexandre Godim/JC Imagem
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O senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) afirmou ontem, durante cerimônia de diplomação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que desconhecia as acusações feitas pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e citadas no jornal O Estado de S. Paulo.Segundo o jornal, Bezerra Coelho foi o intermediário do pagamento de R$ 20 milhões que teriam sido feitos para à campanha de 2010 à reeleição do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto.

O senador eleito disse desconhecer a publicação do assunto. “Eu não vi isso hoje (ontem) não”, disse. “Não tenho nada a declarar. O que eu tinha a declarar a respeito eu já afirmei, eu já reiterei. Não tenho absolutamente nada a ver com esse episódio e quando, de fato, o Ministério Público Federal e o Supremo Tribunal Federal se pronunciarem sobre isso, tudo será esclarecido”, acrescentou.

A assessoria de imprensa do senador eleito enviou uma nota informando que ele não atuou como tesoureiro ou coordenador da campanha de 2010 e que “nunca tratou de doações à campanha com quem quer que seja”. O texto diz, ainda, que ernando Bezerra Coelho manteve contato com Paulo Roberto Costa quando era secretário de Desenvolvimento do Estado, mas que “foram tratativas sempre institucionais, de interesse do Estado”. 

Sobre as declarações feitas pelo jornal O Estado S.Paulo contra Eduardo Campos, coube ao governador eleito Paulo Câmara (PSB) rebater. “É uma citação que não tem nenhuma prova, nenhum fato. Eduardo foi um defensor das investigações profundas no âmbito da Petrobrás e estou consciente que Eduardo fez um grande governo, foi um grande brasileiro, que trabalhou com muita seriedade e honestidade e a gente vai ter o momento certo, a partir do momento em que for necessário, mostrar que Eduardo queria um Brasil melhor e combatia como poucos a corrupção”, disse.

A matéria do jornal paulista cita, ainda, que o senador Humberto Costa (PT) também teria recebido R$ 1 milhão para o caixa da campanha de 2010. Quando o assunto veio à tona, na segunda quinzena de novembro, o petista afirmou, através de nota, que não pediu “qualquer doação de campanha” a Paulo Roberto Costa. À época, o senador disponibilizou a abertura dos sigilos bancário, fiscal e telefônico para os órgãos de investigação.

Em outubro, o ex-presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, falecido em março deste ano, também foi citado pela Folha de S.Paulo como um dos beneficiários do esquema de propina da Petrobrás. Em 2010, Guerra teria pedido R$ 10 milhões para encerrar a CPI da Petrobrás, iniciada um ano antes. 

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