A Justiça Federal determinou a quebra do sigilo bancário do ex-ministro petista José Dirceu, de seu irmão, Luis Eduardo de Oliveira e Silva e da empresa JD Assessoria e Consultoria, pertencente a ambos.
O "Jornal Nacional", da rede Globo, teve acesso a documentos que, segundo a TV, mostram que eles receberam cerca de R$ 4 milhões de empresas investigadas na Operação Lava Jato, que investiga esquema de desvio de recursos da Petrobras.
De acordo com os papeis, a JD Assessoria e Consultoria recebeu R$ 3.761.000,00 entre 2009 e 2013 das empresas Galvão Engenharia, OAS e UTC.
Os pagamentos foram feitos à empresa de Dirceu a título de "consultoria".
Segundo o "JN", a Galvão Engenharia repassou R$ 725 mil, a OAS, R$ 720 mil e a UTC, R$ 2,3 milhões.
Executivos das três empreiteiras estão presos em Curitiba.
Segundo o jornal, os procuradores chegaram à JD Assessoria ao analisar as transferências bancárias das três construtoras.
Ainda segundo o "JN", a quebra de sigilo tem como objetivo saber se houve outros pagamentos suspeitos e se os irmãos foram beneficiados pelo esquema investigado na Lava Jato.
Para o jornal, a assessoria de Dirceu disse que a empresa do ex-ministro prestou serviços de consultoria às três empresas conforme contrato assinado entre as partes e que ele está à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos.
A Galvão Engenharia informou que não se pronunciaria sobre as suspeitas; a UTC reconheceu que contratou a JD Assessoria e Consultoria para a prospecção de negócios de infraestrutura no Peru e na Espanha; na OAS, ninguém teria sido encontrado para comentar as suspeitas.