Temendo traições e dissidências à sua candidatura à reeleição, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cobrou apoio do Palácio do Planalto ao seu nome na disputa pelo comando da instituição e antecipou a escolha do nome do partido.
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O peemedebista espera que o governo mobilize sua base de apoio, especialmente o PT, para se reeleger no domingo (1).
Em sua gestão, Renan se tornou fiel aliado do governo, evitando que as rebeliões da Câmara tivessem impacto no Senado. Agora, o peemedebista espera a contrapartida.
Os petistas são considerados essenciais para Renan por reunirem a segunda maior bancada do Senado (14 senadores). Apesar de Renan já ter garantido à sigla que vai permanecer com a primeira vice-presidência do Senado, há ao menos três senadores petistas que ameaçam votar em Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), adversário de Renan.
A pedido de Renan, o PMDB antecipou em um dia a reunião que definirá o candidato da sigla à presidência do Senado: ela vai ocorrer nesta sexta (30).
A decisão ocorreu depois de um encontro com líderes do partido que relataram a pressão para lançar um terceiro nome do PMDB, Eunício Oliveira (CE), que recusou a proposta.