Polícia Federal

Polícia desconfia que doleiro fumou maconha em sua cela

O caso teria ocorrido em julho de 2014 e foi revelado nesta terça-feira

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Publicado em 03/02/2015 às 21:20
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O caso teria ocorrido em julho de 2014 e foi revelado nesta terça-feira - FOTO: Foto: Agência Senado
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A Polícia Federal desconfia que o doleiro Alberto Youssef e o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, presos na superintendência do órgão em Curitiba em decorrência da Operação Lava Jato, fumaram maconha dentro da cela na carceragem.

Em documento interno, dois agentes federais relatam ter sentido um "odor característico de entorpecente" vindo da cela em que estavam Youssef e Costa,no entanto, ao entrarem, ouviram a descarga do sanitário.

O caso, ocorrido em julho de 2014, foi revelado nesta terça (3) pelo site do jornal "O Estado de S. Paulo".

Os presos da Lava Jato "logo saíram [da cela] aparentando certo desconcerto", narra um dos agentes. Em seguida, o delegado Ivan Ziolkowski foi chamado para apurar o fato.

A versão dos presos dá conta de que eles fumavam na cela, sim, mas não maconha.

Tratava-se tão somente, afirmou Costa ao delegado, de um cigarro de chá de hortelã confeccionado com uma página da Bíblia.

O preso também contou que tinha um isqueiro, que foi recolhido pelos agentes da Polícia Federal.

Ziolkowski não ficou convencido com a narrativa. Pediu, então, que o preso enrolasse outro cigarro de hortelã com uma folha bíblica --e acendesse o artefato.

No entanto, o cheiro, disseram os agentes, não era igual ao que sentiram.

Outros presos sentiram o aroma característico da cannabis --ou "cheiro de mato queimado", definição que o relatório atribui a um detento. Outro ficou animado e tascou: "Vai deixar nós tudo doidão [sic]", diz o documento.

PRERROGATIVA

Por ser advogado, Costa tem a prerrogativa de receber visitas sem a presença de agentes carcerários.

A Polícia Federal usou cães farejadores na tentativa de achar indícios da droga em todas as celas da carceragem em Curitiba, mas acabou não encontrando nada.

No dia último dia 19, o Ministério Público Federal decidiu pelo arquivamento do inquérito, já que não houve flagrante e não há provas do uso da droga dentro da cadeia.


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