Parlamentares

Após invasão, deputados do Paraná fazem sessão em restaurante

O grupo, que invadiu o plenário no final da tarde de terça (10), se queixa de um pacote de austeridade do governador Beto Richa

Da Folhapress
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Publicado em 11/02/2015 às 17:59
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O grupo, que invadiu o plenário no final da tarde de terça (10), se queixa de um pacote de austeridade do governador Beto Richa - FOTO: Foto: Joka Madruga/ APP Sindicato
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Com o plenário da Assembleia Legislativa do Paraná invadido por servidores públicos, que protestam contra um pacote de corte de gastos do governo Beto Richa (PSDB), os deputados estaduais fizeram a sessão desta quarta-feira (11) no restaurante da Casa.

O local fica no prédio anexo ao do plenário, que está tomado por cerca de 800 manifestantes. Policiais do batalhão de choque guardavam a entrada. Pelo carro de som, sindicalistas acusavam os deputados de se reunirem "às escondidas, nos porões da Assembleia".

"Nós não poderíamos nos submeter ao regramento da ditadura, de fechar o parlamento. A Assembleia tem que funcionar", afirmou o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), líder do governo.

Mesas foram afastadas para dar espaço à sessão. Uma das principais, com tampo em pedra, foi transformada em bancada da mesa diretora. Deputados sentaram em cadeiras e sofás dispostos ao longo da sala.

O pacote que quer aliviar o caixa do Estado, que inclui a mudança da previdência dos servidores públicos, a redução do anuênio e mudanças no plano de carreira dos professores, será votado apenas na sessão desta quinta (12).

INVASÃO

Os manifestantes, que passaram a noite no plenário, dizem que só saem do local depois que o governo retirar o projeto de pauta. Outras centenas de pessoas estão acampadas do lado de fora.

A presidência da Assembleia obteve uma ordem de reintegração de posse do prédio na manhã desta quarta, mas descartou o uso de força para retirar os servidores do local.

O grupo, que invadiu o plenário no final da tarde de terça (10), se queixa de um pacote de austeridade do governador Beto Richa.

Reeleito no ano passado, o tucano tem enfrentado uma crise financeira há pelo menos dois anos, que já forçou o Estado a suspender obras, atrasar pagamentos e parcelar salários de servidores.

Na última semana, Richa propôs um pacote de medidas para aliviar o caixa, apelidado de "pacotaço das maldades" pela oposição. A votação do projeto foi interrompida com a invasão do plenário, na terça.

O governo argumenta que as medidas são "duras, mas necessárias", e que precisam ser aprovadas para garantir o pagamento dos salários e retomar os investimentos. "O momento é dificílimo. O país atravessa uma crise", comenta Romanelli.

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