As investigações da Operação Lava Jato passarão a incluir políticos de seis partidos -PT, PMDB, PSDB, PP, PTB e SD. Alguns são parlamentares que têm foro privilegiado e, por isso, e só podem ser processados no Supremo Tribunal Federal.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, relator dos processos relativos à Operação Lava Jato autorizou nesta sexta-feira (6) a abertura de investigação e tirou o sigilo dos 28 pedidos de abertura de inquérito contra deputados e senadores acusados de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.
Agora, cabe ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, coletar provas que indiquem a participação dos envolvidos. Quebras de sigilo e mandados de busca podem ser autorizados pela Justiça. Se avaliar que tem provas suficientes contra os envolvidos, Janot solicitará a abertura de ações contra os políticos do esquema.
Veja os próximos desdobramentos:
PRÓXIMOS PASSOS
O que pode acontecer com os inquéritos
ABERTURA DE INQUÉRITOS
O ministro do STF Teori Zavascki decidiu quebrar o sigilo e abrir 28 inquéritos contra 50 pessoas por envolvimento em esquema de corrupção da Petrobras
INVESTIGAÇÕES
São coletadas novas provas. Teori pode nomear juízes-instrutores para conduzir as investigações, que podem pedir quebras de sigilo ou mandados de busca, por exemplo, a diversos órgãos, como a PF e o Ministério Público
ELABORAÇÃO DE AÇÕES
Com base nas novas evidências, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pode abrir ações penais contra os políticos ou arquivar os inquéritos, se achar que não há elementos suficientes
ABERTURA DE AÇÕES
As ações penais vão para a Segunda Turma do STF (com 5 ministros), com exceção das de Cunha e Renan, que só podem ser julgadas pelo plenário do STF (com 11 ministros)
JULGAMENTOS
Os colegiados decidem se abrem as ações e instauram os processos, dando início aos julgamentos, que podem resultar em penas como prisões e multas