Em sessão na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (18), o ministro Cid Gomes (Educação) pediu perdão por afirmar que há "uns 400 deputados, 300 deputados achacadores" na Casa, e ressaltou que a fala foi dita num "lugar reservado", onde foi feita uma "gravação não autorizada, que não reflete minha opinião pública".
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Ao mesmo tempo, no entanto, ele criticou deputados da base que, mesmo com vaga no ministério da presidente Dilma Rousseff votam contra o Executivo. "Tenho, sempre tive e terei profundo respeito pelo Parlamento. Isso não quer dizer que concorde com a postura de alguns, de vários, de muitos,que mesmo estando no governo (...) têm uma postura de oportunismo", disse, gerando gritos na plateia.
Para Cid, aqueles que querem ser contrários ao governo devem "largar o osso" e deixar cargos do Executivo. Cid Gomes foi convocado a prestar esclarecimentos à Casa após declaração de que a Câmara possui "uns 400 deputados, 300 deputados" achacadores.
"Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas", disparou o ministro em agenda em Belém, no final de fevereiro.
Ele defendeu o ajuste fiscal e afirmou que é fundamental que todos, neste ano, "apertem o cinto". Assim, será possível ao governo recuperar sua credibilidade no mercado, ressaltou. O MEC vem sendo alvo de críticas devido ao aumento do rigor para acesso ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).
A sessão, agendada para a semana passada, não ocorreu devido ao quadro de saúde do ministro. Gomes pediu o adiamento da convocação após ser internado no hospital Sírio-Libanês, com suspeita de pneumonia.