O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quarta-feira (18) que não esperava resultado diferente na pesquisa Datafolha e que foi constatado o que as ruas mostraram nos protestos do domingo (15).
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O Datafolha divulgado nesta quarta (18) mostrou uma desaprovação de 62% à presidente Dilma Rousseff, a mais alta taxa de reprovação de um mandatário desde setembro de 1992, véspera do impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.
"Alguém tinha uma expectativa diferente do Datafolha? A rua já mostrou isso no domingo", declarou Cunha, que tem uma relação conflituosa com a presidente, apesar de ser de um partido aliado.
O peemedebista afirmou que é preciso ver o que o governo fará para recuperar sua popularidade. "O governo tem que agir, o governo está no início, não espere que vai ficar sem mobilidade, tem todo o processo político de um mandato inteiro para ser cumprido, então o governo não vai ficar parado chorando", disse.
Cunha ressalta que a Câmara vai apreciar as propostas enviadas pelo governo federal para combater a baixa popularidade, mas que a Casa poderá ter uma pauta diferente ou contribuir com essas propostas. Ele elogiou a iniciativa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de ir ao Congresso discutir as medidas do ajuste fiscal e apresentá-las. "Acho um ganho positivo a presença dele".