A presidente Dilma Rousseff negou nesta quinta (19) que vá fazer uma reforma ministerial e afirmou que não usará um critério partidário para nomear o substituto de Cid Gomes na Educação.
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"Vocês [jornalistas] estão criando uma reforma que não existe. São alterações pontuais. Estou fazendo uma alteração pontual no Ministério da Educação.Não tenho perspectiva de alterar nada nem ninguém, mas as circunstâncias às vezes obrigam você a alterar, como foi o caso da Educação. Não tem reforma ministerial", disse, após evento em que editou Medida Provisória que detalha as condições de renegociação de dívidas de clubes de futebol.
Segundo Dilma, o MEC não será "dado". "O MEC não é dado para ninguém. Vou escolher uma pessoa boa para educação, não a pessoa desse, daquele ou de outro partido." De acordo com ela, o nome será escolhido "o mais rápido possível".
A presidente foi obrigada a aceitar a demissão de Cid Gomes, após audiência dele na Câmara, para evitar que o PMDB deixasse de apoiá-la e agravasse ainda mais a crise política com o Congresso.
Para Dilma, uma reforma não resolverá a crise política em que seu governo está imerso.
"Reforma ministerial é uma panaceia, ou seja, não resolve os problemas." O que resolve os problemas, disse ela, são medidas como a MP editada por ela nesta terça, e diálogo com diferentes atores. "Precisa dessa capacidade de escutar os outros lados."
Ao comentar sobre a MP do futebol, a presidente também afirmou sobre a atual situação do país: "O Brasil hoje tem todas as condições para superar esse momento e construir um caminho sustentável."
DOCUMENTO
Dilma negou que o documento recentemente produzido pelo ministro Thomas Traumann (Comunicação), que vê "caos políticos" e erros de comunicação na atual gestão, represente a visão do governo.
"Não é oficial, não foi discutido dentro do governo. Eu faço dentro do governo um processo de construção. Não é um texto oficial do governo."
Questionada se o ministro será demitido, ela não respondeu.